Disse uma amiga nossa:
«…eu muitas vezes penso que corro atrás de um sonho, porque apesar de trabalhar na minha área, já tive vontade de abraçar outros projectos, não por não gostar do trabalho que desenvolvo, mas por não ter trabalho suficiente. Teimosamente, ainda não abri mão da minha profissão e, na verdade não quero abrir!
Então, gostaria de propor que fossemos inovadores e déssemos voz alta às nossas queixas. Unamos forças para mostrar o nosso desagrado e lutemos por algo que nos satisfaça.»
E, se voltamos aqui, é porque este grito é muito mais do que efémera manifestação de enfado, por parte de uma qualquer betinha que não está satisfeita com o BMW ou com as próximas 'vacaciones en Cancún'.
Podemos ir buscar outros gritos ou até mesmo sussurros, que perpassam por este ou aquele escrito. Muita malta, deixa ficar pérolas perdidas pelos comentários, apenas porque não soube, ou não lhe apeteceu subir até à ribalta e pôr um texto com direito a foto de primeira página.
Há janelas onde se pode ver com claridade, aquele punho cerrado que quer mesmo dizer:
"Preciso de um emprego"
Outras vezes, podemos perceber por detrás de um sorriso triste:
- Ok! Tenho qb para a sopa e para o gasoil. Mas, tenho tanto para dar e ninguém me pede nada…
É aqui que bate o alarme.
O patrão do IESF, faz muito mais do que outros patrões podem fazer. Faz rodar os jovens que por aqui passam, para que possam aparecer no mercado de trabalho e digam em voz alta: - Eh! Pá, eu sei fazer alguma coisa.
Mas, todos temos a sensação que não basta.
Há uma associação de alunos, ou isso…
Há uma 'network' dos totós que têm influência na sociedade portuguesa e obviamente, no IESF também.
E os jovens que por aqui andam, como mexem? Como se interligam? Como dizem uns aos outros o que há por aí para fazer? Como transmitem uns aos outros o que gostam de fazer? Como realizam o teste ácido do "sou capaz de..."?
9 comments:
Desta vez vou ser realmente Anónima.
Já que fala em Inquietações bem mesmo a propósito com a "inquietude" que me faz estar aqui.
Esta Escola que é o IESF começa-me a provocar alguma "indisgestão" ou melhor inquietação. A fotografia da sua amiga inspirou-me e então cá vai o rol das minhas reclamações, qual rol de roupa suja:
isto cá entre nós os professores irem de férias (que têm todo o direito) e deixarem os alunos com trabalhos para apresentar, sem poderem tirar dúvidas, sem saberem as datas certas de entrega dos trabalhos pq alguém se enganou nas datas e ainda não corrigiu (18 Junho ? ou 18 de Julho?) a diferença é só um mês, não terem os slides das aulas ainda disponiveis no Forum.....algo não está bem...
E estou eu nesta inquietude
Das coisas boas não vou falar porque essas não são NOTICIA!!
(Hi! Hi!)
Olá querida Anónima, bom dia;
A maioria das reclamações (imagino eu) fazem parte de uma longa lista de ineficiências relacionadas com a falta de formação dos professores do ensino superior.
Os Profs fazem-me lembrar aquela senhora que anda dentro e fora do balcão da cozinha, está a ver aquele conhecido restaurante regional? Toda a gente tem touca na cabeça, excepto ela; é que Ela é quem manda lá no sítio.
Quando a plataforma de eLearning foi criada, esqueceu à Direcção do IESF, que o investimento (mt vultuoso) só faz sentido se trouxer retorno - tal como se ensina numa business school - e na situação do modelo de formação actual (se é que existe?!) começa por faltar, repito, muita formação aos elementos do corpo docente.
Boa tarde,
Eu acredito piamente que os problemas têm de existir. Na minha área (programação em informática) temos sempre a certeza que quando um software é dado como pronto tem sempre uma taxa elevada de erros que não foram descobertos. Os programadores têm obrigatoriamente de ter a humildade para admitir que o seu sistema vai falhar (está nos manuais, é dado adquirido até que o software atinja a estabilidade).
O problema nas instituições de ensino é que quem dirige muita das vezes não tem a humildade de admitir as falhas e de as corrigir quando deve ser. É uma questão politica que está adjacente a tudo isto, nunca admitir o erro para parecer seguro do que faz, nem que seja a maior asneira. Isto porquê? Porque todos os políticos têm medo de perder o "poleiro". E quando as coisas correm mal justificam-se como podem sem nunca perderem a razão. Quanto muito aqui no IESF a culpa acaba por ser do cliente. As coisas mudam, mas curiosamente nunca é pela pressão e descontentamento do cliente, mas sim pela boa vontade do prestador de serviços.
Faz-me lembra o problema da OTA, o governo não recuou, apenas surgiu um pretexto muito forte (segundo o governo) para se poder analisar outra proposta (e se calha evitar um enorme erro). Os cargos universitários são uma escola de políticos, por isso....
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Tenho dito.
Bom... concordo plenamente com a maioria dos posts aqui inscritos e que revelam apenas um pouco das ineficiências que afectam o nosso IESF.
Há coisas básicas numa Business School que deveriam ser reflectidas no nosso dia-a-dia.
1 - Onde está a base de dados dos alunos com o seu percurso académico e profissional, facilmente disponibilizada a todas as empresas de RH por esse mundo fora?
2 - O trabalho principal de um Director deste tipo de instituições não deveria ser o de dar aulas, mas sim trabalhar para o futuro dos seus alunos. Se repararem, o ranking das Business Schools tem uma componente de empregabilidade que é fundamental na avaliação da escola. Pergunto eu, onde estão os alunos do IESF no BCP, na TAP, na IBERDROLA, na SALSA, na RENOVA, na RTP, etc... não nos deixemos ficar pela metade... de nada vale chamar-mo-los cá para falar e dar-lhes protagonismo se o que nos dão em troca é tão pouco! Está na altura do Director se deixar de ABPs e transformar-se definitivamente no LóbiMan profissional que tanta falta faz ao IESF (não esquecer que a escola são os seus alunos).
3 - Enquanto nada de melhor e mais organizado aparece, sugiro que nos deixemos embrenhar na rede do LinkedIn.Eu já lá estou e alguns dos nossos colegas também... ficarei à vossa espera :)
Pois é, também não posso deixar de concordar com os comentários feitos! É verdade que muitas vezes andamos insatisfeitos, mas parece que nos envergonhamos de ir à luta, bater à porta de quem até pode, com alguma boa vontade, conseguir dar uma ajuda. O que nos leva a agir deste modo? Talvez o facto de já termos ouvido tantas promessas que disso não passaram… Simples promessas!
Não pretendo alongar-me muito, ou corro o risco de me repetir. Contudo, não posso deixar de fazer algumas observações.
Quanto às queixas do funcionamento do IESF, essa escola que se diz tão conceituada, são tantas que já me custa enumera-las. Dos professores, é verdade que os reparos se vão amontoando, mas meus amigos, se nos queixamos dos professores, o que dizer do funcionamento administrativo?
O IESF dá oportunidade de trabalho a algum aluno? Talvez até tenha acontecido. Contudo, parece-me sim um Clã em que todos pertencem à mesma família. Ou bem que assistimos a relações conjugais, ou bem que são primos, irmão ou cunhados… Mas, sinceramente, isso não me interessa! O que me interessava era acrescentar algum conhecimento/saber ao meu currículo, mas infelizmente é algo que não tem acontecido. Não vale a pena alongar-me mais sobre este tema, pois creio que a opinião não será apenas minha e, também já tive oportunidade de levar esta mensagem a quem nos questiona acerca da nossa satisfação no final de cada disciplina.
E para finalizar, a cereja no topo do bolo foi mesmo a ultima “telenovela cor-de-rosa” a que vários assistiram e que pelos vistos causou grande incómodo a algumas pessoas… Como é Possível que “o patrão do IESF” se sinta ofendido (segundo palavras suas) com as sugestões (ainda que em tom de reclamação) dos seus alunos? É impressão minha ou o 25 de Abril, entre outras coisas, permitiu-nos viver em democracia, dando-nos assim liberdade de expressão?
Em tom de conclusão, parece-me quase evidente por que motivo cada vez se fala menos. Se pedimos, levamos com a porta na cara, se reclamamos, podemos ofender os deuses… Enfim, cada vez está menos fácil!
Idem idem aspas aspas
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Tenho dito
O assunto é delicado e triste. Uma escola de negócios à partida (devia) sabe gerir e satisfazer as necessidades dos seus clientes os alunos. É muito difícil, diria doloroso, estar na presença de recursos tão preciosos como o são os alunos,os professores, o espaço, o tempo e a vontade, e ver que a única coisa que falta para obter a produtividade desejada é planeamento e BOM SENSO.
Olinda Maia
Caros colegas tenho uma confissão a fazer…
Há já alguns meses que vivo numa profunda decepção com o percurso que tenho tido no IESF! Várias vezes (muitas mesmo) pensei desistir.
Quando me inscrevi no MBA em Recursos Humanos criei a grande expectativa de adquirir conhecimentos que, sendo psicóloga, me dessem algum à vontade para trabalhar um pouco na área dos Recursos Humanos, não só por achar uma temática interessante, mas também por necessidade pessoal.
Contudo, o tempo foi passando e fui-me vendo cada vez mais defraudada. Cheguei a pensar que seria eu demasiado exigente, ou então não estaria a conseguir acompanhar o pretendido pelos docentes e responsáveis pelo curso. Ou seja, a sensação é que não encontro aquilo que procurava!
Agora, ao chegar ao fim do ano lectivo, deparei-me com as disciplinas mais interessantes de todo o curso, bem como, com vários professores que cativaram a minha atenção. Lamento ter sido apenas nesta fase e que as referidas disciplinas sejam de tão curta duração.
Este desabafo surge por ver que mais colegas partilham (aparentemente) o meu sentimento de descontentamento e insatisfação. Espero que as pessoas interessadas tenham oportunidade de “passear” por este blog e consigam compreender/apreender a mensagem que em muitas aulas nos passaram; “ O melhor marketing e publicidade é um cliente satisfeito!” Os clientes do IESF são os alunos. Muitos alunos do IESF não estão minimamente satisfeitos, logo a publicidade não será positiva.
Duas notas para a nossa "amiga-do-vestido";
Um » Esqueceu-se dos amigos, companheiros e camaradas; só se dirigiu aos colegas!!!
Dois » O Povão do IESF sabe que existe o blog e recebeu convites para participar na qualidade de AUTOR(s)
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