Wednesday, June 6, 2007

Deja vu?


Será que a inércia das chefias é só típica dos portugueses?
Porque razão as "boas práticas" elas não passam de "boas teorias"? Será apenas uma questão cultural? Ou não há vontade de colocar as mãos na massa e de sujar o fato?

15 comments:

Pedro Rodrigues said...

Não me parece que a inercia seja uma atitude típica do povo português e das suas chefias. O que que parece é que a valorizamos demais. Só quem não trabalhou ou trabalha com estrangeiros é que pode dizer e diz tamanha barbaridade.
A provar esta minha teoria está o facto de termos portugueses na direcção de empresas multinacionais, reconhecidos internacionalmente pela sua competencia e trabalho.

Pedro Rodrigues

Alexandre Sousa said...

Em ROMA sê Romano!

Ana Santos said...

Nenhuma canção traduz melhor o sentimento do povo português do que o fado. Apreciado pela maioria dos portugueses, no fado podemos encontrar muito do que fomos/somos.

A inércia do povo português está presente na ideologia do fado com a resignação, o espírito fatalista, o sofrimento e triste sorte. É a canção dos que sofrem, dos pobres, dos tristes…

Não quero com isto dizer que o fado é a causa dos nossos problemas, mas pode muito bem ser a consequência.

Ana Santos

Paulo César Martins said...

Num país dominado por burros com sorte dificilmente as "boas teorias" passarão a "boas práticas"...
O Schumpeter esqueceu-se deste tipo de empreendedor. Devia ter passado cá umas férias. :)

Alexandre Sousa said...

Sois todos muito maus (Ana incluída...)!
Esquecei-vos que temos na Batalha umas Capelas Imperfeitas por acabar há 500 e tal anos, mas o segredo é mesmo esse: Se as Capelas tivessem sido acabadas ninguém falava nelas.
Depois o Schumpeter é Austríaco, que diabo, não conheceu Fátima, nem o Fado, nem o Futebol.
Vá lá... coragem, falta pouco.

juanitarebelo said...

De facto lamento discordar de tudo isto, ou não tivessemos nós navegado por mares nunca d'antes navegados, descoberto e conquistado terras sem fim. Possuidores de grandes riquezas. mais tarde os aventureiros imigrantes que sem dominarem língua ou especiais ofícios construiram grandes impérios por esse mundo fora, entao o que isto???

Eu não defino a atitude do povo portugues como inerte, o ir à luta/descoberta, o espírito vivo e reinvindicativo está-nos no sangue.

Mas claramente quando as condições são péssimas, nao há orgulho nem motivação, e se comunga de um espírito d subsidio dependência, corrupto (a ver quem consegue "sacar" mais dinheiro ao estado) em vez de um espírito empreendedor e correcto, nõ há cá milagres!!!!

E as chefias seguem a lei do menor esforç nomeadamente m serviços úblicos pois no privado a cmpetitividade é eroz e por vezes a árvore geneológica imper sobre as competências, e a boas práticas sã somente implementadas se bem regulamentada, remuneradas e controladas por quem está acima, nem que este tenha de ser o patrão.

Pois já à mto se diz que "é o olho do patrão que engorda a vaca":)

Carla Ferreira said...

Olá,

eu não posso deixar de concordar com a Joana Rebelo. De facto somos um povo que se queixa muito, que se lamenta, que pede soluções aos de fora quando temos problemas "na nossa casa"... mas sempre fomos assim ou é uma característica que temos vindo a deixar que se inscreva cada vez mais na nossa cultura (e em nós próprios)?

Acredito que passa muito pelo orgulho que deixamos de sentir... As coisas não estão nada bem, a economia não ajuda, falar na "flexisegurança" faz-nos sentir mais inseguros ainda, isto não está fácil, MAS, já fomos grandes e acredito que ainda o somos! Em variadíssimos casos, problema está no comodismo, dá muito trabalho "arregaçar as mangas", ser empreendedor e assumir as responsabilidades...

E acreditem, que "lá fora" não é assim tão bom quanto se pinta... há, isso sim, um enorme orgulho.

Carla Ferreira :)

Liliana Lino said...

O grande problema é que tendemos sempre a desvalorizar o que é nosso.Não acho correcto dizer que somos um povo atrasado, que não nos desenvolvemos porque somos preguiçosos.
De facto algo tem corrido mal, motivo pelo qual o país tem andado um pouco à deriva.Mas será que também não se coloca demasiada responsabilidade em cima das chefias.Será que o trabalhador comum também não é muitas vezes omisso, tal como as chefias.
Eu acho que este assunto é uma bola de neve que atinge todos os sectores, desde as chefias aos subordinados.

Se em tempos conseguimos ser um dos grandes povos da Europa (tal como ainda hoje ouvi o Robert de Niro a dizer)significa que algo de bom o povo português tem, afinal fomos pioneiros em várias coisas.

E, de facto tenho de concordar com as colegas que dizem que somos um povo que se queixa bastante, se o deixássemos de fazer e pensássemos no futuro seria diferente.
E já está a ser diferente, o que é preciso é colocar os olhos nos bons exemplos, e sabemos que eles existem no nosso país e, felizmente, têm vindo a aumentar.

Fiquem bem, até amanhã!

rualbran said...

A competêencia é apátrida! Não acredito em povos genéticamente superiores ou inferiores!
Acredito no entanto em dimensões culturais muito diferentes, consolidadas e enraizadas ao longo de muitas gerações!
Cito António Aleixo -" sou o produto do meio em que fui criado"!
Apesar deste condicionalismo evidente, todos podemos superá-lo!
Acredito na boa mudança e acho que nós portugueses, bem enquadrados, somos tão bons como os melhores!

sofia peixoto said...

O Povo português não é inerte! É so verificar quantos potugueses estão bem sucedidos e reconhecidos em grandes oraganizações estrangueiras, pelo seu excelente desempenho , e pelas suas exelentes competências, provando assim que o povo protuguês não é apático, e que não consegue viver na letargia.
No entanto, muitos desses potugueses bem sucedidos, foram "negligenciados" em Portugal - talvez por não ser muito conveniente ter alguém em Portugal com grandes capacidades e com uma visão amplida....
Ás vezes, torna-se um verdadeiro empecilho ter ao lado pessoas que querem evoluir, progedir, enquanto nós queremos é andar "em velocidade cruzeiro"...
Estas pessoas que sairam porque achavam que tinham muito para dar e que estavam a ser sofucadas! mostram assim, que não são inerte, são dinêmicos e não acomodados.
Aos que ficaram, as condições oferecidas são poucas e não muito agradáveis, o que vigora em grande parte dos casos, é a cultura da ociosidade... já se entrou num ciclo vicioso, e encontrar a saída é tarefa ardua.
Vamos continuar a tentar!!!
mas tentar, fazendo!!e não dizendo palavras bonitas!!estas ainda não têm este atributo - pronunciá-las em lindos discursos, não leva logo a resultados!!

Sofia Peixoto

Alexandre Sousa said...

Apenas uma gota de vinagre para acidificar o comentário da Sofia:

"Ás vezes, torna-se um verdadeiro empecilho ter ao lado pessoas que querem evoluir, progedir, enquanto nós não conseguimos andar sem ser "em velocidade cruzeiro"..."

Alexandre Sousa said...

Nota ortográfica:

De facto, progredir é muito mais progressivo do que 'progedir'.

Mea culpa, mea culpa, minha tão grande...

sofia peixoto said...

Erros ortográficos?..não lhe chamaria isso!.. Mas sim, uma normal consequência de quem tecla rápido! Mas sinceramente, fico feliz por ter notado, pois demonstra que leu! Vou começar a usar este truque para "testar" se lê os meus comentários :-)
No entanto, como estamos na disciplina de inovação, eu acabei de inovar! criei uma palavra nova!
Obrigado por me ter alertado para a minha inovação :-)

Alexandre Sousa said...

Mas... passará pela cabeça de alguém, que eu, ferramenteiro de comunicações na Web, deixava passar um só comentário sem o ler???
Ooops!

sofia peixoto said...

Claro que não passaria pela cabeça de ninguém! Lê todos os comentários! Sendo um "ferramenteiro das comunicações da web" (como se intitulou a si próprio), o professor tem sempre os "espreitadores" activos!!!
Assim é que deve de ser! Verificar o que é que este pessoal anda para aqui a dzer:-)
Pode ser sempre uma oportunidade(e referindo um post que colocou no blog) de aprender com os alunos!! porque pode acreditar que o inverso acontece. Por mim falo!

Sofia Peixoto