Thursday, June 7, 2007

Inovação?!?!

Inovação?!?!
Actualmente é uma palavra muito pronunciada no nosso país, mas será que quem a diz percebe mesmo o seu significado? Num país em que se fala há tanto tempo em choque tecnológico não faria sentido haver um maior conhecimento, por parte da população, das novas tecnologias?
Por outro lado fará sentido falar em inovação e choques tecnológicos, quando grande parte da população permanece irredutivelmente ligada a tradições e a memórias?

Não é fácil mudar as mentalidades, no entanto é preciso trabalhar para que isso aconteça. Não acredito que este trabalho seja feito, que esta meta seja atingida continuando a olhar para o passado e a agir da mesma forma.
Se temos mais meios, se temos mais informação, mais possibilidadede chegar ao conhecimento, será legítimo atrufiar o nosso crescimento e o crescimento do nosso paíspor causa dos receios em mudar.

Não chega olhar para os outros países e dizer que queríamos ser como eles, é preciso trabalhar para isso e essa será a grande INOVAÇÃO a que nos devemos propor: romper com a tradição, com a continuidade. Nesse momento a pala inovação fará cada vez mais sentido e certamente haverá mais desenvolvimento.

8 comments:

Carla Ferreira said...

Olá!

"Se temos mais meios, se temos mais informação, mais possibilidadede chegar ao conhecimento, será legítimo atrufiar o nosso crescimento e o crescimento do nosso paíspor causa dos receios em mudar"


Mas quem é este "Nós"? Somos "Nós" alunos de PGs, MBAs, Doutoramentos, Mestrados, Licenciaturas, e até, talvez do 12º ano? Ou "Nós" Portugueses?
É que o acesso às novas tecnologias, e esses numerosos e melhores meios de aceder à informação e ao conhecimento, não está, de forma alguma, disponivel para uma GRANDE parte da população Portuguesa. A nossa realidade, não é a realidade da maior parte... Tenho-me apercebido, talvez tarde, nao sei, que vivo numa pequena redoma e que não percebo que aquilo que enriquece a minha vida e que tomo como adiquirido, não está ao alcance de muita gente...

Mas concordo com a Liliana no aspecto em que, muitos dos que têm esse acesso, têm também muito receio da mudança. Como se falou na última aula, o Ser Humano procura o equilibrio, a segurança e mudar implica risco... é preciso estar disposto a arriscar.


Carla Ferreira :)

Alexandre Sousa said...

Pois é!
Às vezes olhamos para estas coisas com o coração, ou mais com o coração.
Outras vezs embrenhamo-nos nestas selvas só com a razão. Se é que isso é possível...
Inovação é mudança, quando queremos, quando podemos, mas também quando sabemos.
Tudo isto é muito lento... muito lento, mas é assim mesmo.
Em Quicongo diz-se "malembe...malembe".

sofia peixoto said...

A resistência á mudança, advém da falta de informação!! O receio de do incerto, do não saber o que está para lá..do não poder controlar as variáveis, do não saber o que nos espera... mas tudo isto acontece porque não há conhecimento/informação por parte das pessoas! Todos nós sentimos isto! Mudar sem saber para onde..isto vai contra o "funcionamento" do ser humano. Este procura um "porto seguro" para amarrar o "seu barco". O risco e a incerteza causam desconforto! o ser humano não gosta de andar no "fio da navalha"!
No entanto, discursos bonitos e para "poruguês ver", é o que mais há! Todos falam de novas tecnologias, do avanço tecnológico...mas esquecem-se(ou não) que em 2007 ainda há locais em pleno Portugal que não tem electricidade! Mas continuam a falar de inovação, de novas tecnologias, que temos todos de inovar! Mudar!Mudar! Mas esquecem-se(ou não) que a mudança não acontece através de um acto de magia! Mas aqueles senhores que estão nos seus gabinetes..em reuniões(ou não) devem achar! É necessáro planear a mudança! saber que passos dar, informar as pessoas, obter feedback. Deve-se ir construindo o caminho, para que todos acompanhem. No entanto, esta caminhada já devia de ter sido iniciada à muito tempo..mas como não foi, tenta-se agora recuperar o tempo perdido, atropelando fases do processo. Para quem já nasceu nesta época das novas tecnologias, tudo parece mais fácil, mas o que fazer com a ouitra grande "fatia" da população? Pois é... A mudança não deve ser repentina, mas sim faseada. Mas também não era necessário que Portugal cumprisse tanto este requesito, que o levasse tão "à letra"!..fazendo com que a mudança aqui no nosso país seja lenta...mas DEMASIADAMENTE lenta...

Sofia Peixoto

Alexandre Sousa said...

Se olharem bem para o mapa de Portugal, existe uma espinha mais ou menos torta, entre Braga e Setubal, que corresponde ao traçado da A1.
É disso que estamos a falar.
Ninguém se iluda.
A Central de lixos será construída num concelho com o mínimo de população. Mesmo assim vai ser uma inovação para aquela gente.
Os Amorins da cortiça e das rolhas, são actualmente os donos da energia em Portugal. Inovação? sim claro: rolhas de plástico!
Vá lá... é preciso distinguir o discurso oficial - exemplo do meu texto Inovação em Portugal - e as nossas trocas de bitaites à volta de um copo de água das Pedras.
Enquanto estivermos com a cabeça fora da água temos que ser optimistas q.b. porque senão, senão, nada!

RC said...

Boas,

Sinceramente não acho que os portugueses sejam um povo que não queira ser inovador. Fomos desde sempre um povo habituado a ser inovador, temos inventores de garagem que ganham prémios no estrangeiro. Temos emigrantes em todos os cantos do mundo e que implementam a nossa cultura... até em Trinidad & Tobado há sobrenomes portugueses. Temos um clima que nos permite ter imaginação para todos os tipos de clima e fases do ano, num país de 11 milhões de habitantes, fomos pioneiros na globalização, em equipamentos marítimos em software espacial. Temos o melhor cirurgião do mundo a separar gémeos siameses.

Vivemos um período demasiado grande de contenção intelectual, durante a ditadura, que obrigou a maioria dos nossos pais e avós a viver de futebol e do copo de 3 para esquecer que estavam presos intelectualmente. Esse objectivo foi conseguido e agora temos de o inverter. Temos de convencer o povo de que o seu futuro dele depende e não de quem o governa.

Vi uma ocasião num filme uma frase que ainda faz eco na minha mente, que reza assim:
O povo não deve temer os seus governantes, os governantes é que devem temer o seu povo.
E penso que o povo tem de continuar a lutar para exigir condições para evoluir e inovar.

____________
Tenho dito.

juanitarebelo said...

Eu acredito que para inovar não temos necessáriamente de esquecer uma série de coisas boas que se perdem coma famosa inovação.

Sócrates propoe o acesso à internet como uma prioridade e trabalha nesse sntido, parece-me bem!
No entanto não temos de nos fechar nesse mundo infinito e descurara as tãop famosas e por mim tanatas vezes refeidas "realções humanas".

Pois se a inovação tem vantagens, porque as tem e é preciso mencionar, com ela também vêm umas quantas desvantagens, mas é como tudo, há sempre os dois lados da moeda.

O imp é encontrar o equilíbrio, não sendo um fanático por tudo o que é novo, nem agarrado ao tradicional a ponto de nem querer saber o que passa à sua volta.

Ana Santos said...

E, enquanto os nossos governantes/engenheiros não nos temem, continuamos na cauda da europa.

Mas será que basta melhorar condições de vida para evoluir e melhorar?

Somos latinos, não esqueçamos, aliás, exemplo disso é que quando sai uma lei nova começamos logo a estudar como podemos contorná-la. Temos uma classe de empresários com baixo nível, salvo raras excepções, e que viveu durante anos à custa de subsídios e isenções.

Mas, há que ter esperança, porque vem aí a flexisegurança e tudo será diferente!

Ana Santos

rualbran said...

ultrapassar preconceitos é mais difícil do que decompôr átomos .
Inovar implica sempre algum corte com a rotina - os portugueses têm todos um pouco de velhos do restelo! - no entanto acredito ainda assim no nosso muito antigo estado nação.
Apesar do fado carpir passados acho que temos capacidades para desafiar o futuro!Aliás o futuro não existe! O futuro constroi-se!