Saturday, June 30, 2007
Prós e Contras II
Aqui vai de novo:
Num comentário a esta posta do amigo Caldas disse que, após ouvir o programa através do site da RTP, fiquei pela primeira vez com vergonha e MEDO de viver no Porto. De facto, o vazio apoderou-se da cidade e das suas instituições, que parece estarem limitadas a uma gestão corrente à espera de uma falência eminente ou duma OPA dum berardo qualquer....
O blog norteamos fez um "directo" fantástico do evento que deve ser lido post a post.... Este blog (http://norteamos.blogspot.com/), é uma coisa recente e escrito por gente que emerge neste momento e pode vir a fazer a diferença no futuro, para o bem da região. Este blog é fundamental.
Aproveito também, para deixar um outro link, para o verdadeiro serviço público do Tiago Azevedo Fernandes, que há quase 4 anos gere o Baixa do Porto , um blog - fórum, aberto a todos, que fundamentalmente serve para discutir o que se passa no Norte e que vai fazendo agenda No caso da famosa linha da Boavista em 2004, este blog fez algo pioneiro no Porto, tendo servido de ponto de pressão absolutamente vital para existir debate público (ver arquivo - lá há lições de cidadania). Este blog é alimentado por cidadãos até há pouco tempo anónimos, que assumem o papel de leitor / autor, e que não param de crescer em número.
De vez em quando, vão também escrevendo pessoas ilustres cá do Burgo, sempre numa perspectiva construtiva, como o Prof. Rio Fernandes (Geografia - UP), o Rui Moreira (o único que se safou mais ou menos no debate ou o vereador do urbanismo da CMP (normalmente a responder a questões / provocações levantadas), o arq. Burmester, o arq. Pulido Valente, entre outros...
Este blog é muitas vez porta de entrada para outros blogs relacionados, que fazem entradas duplas em ambos os blogs quando o assunto é de interesse comum (norteamos, dolo eventual, entre outros). No Baixa é também normal haver um cliping diário das notícias mais importantes para a região. Para participarem não necessitam de registo. Basta mandarem um email para o endereço que lá está.
PS - 1 abraço a todos... o ponto de encontro passa a ser aqui, uma vez que já não tenho mais aulas e claro, no jantar que alguém vai organizar (espero).
Será que acabou?!?!?!
Penso que, em primeiro lugar, tornou grande parte dos alunos frequentadores assíduos da blogosfera, quando antes nem sequer questionávamos a importância de ter um blog (eu pertencia a esse grupo). Por outro lado, desde a primeira aula que a palavra" inovação" passou a ter outro significado e outra importância. Será que sabiamos mesmo o que é a inovação? Há algum tempo atrás eu diria que era algo de novo, algo que se inventava e que, provavelmente teria algum uso... claro que hoje as coisas não são assim.
Na minha opinião valeu a pena, abrimos horizontes, percebemos como as coisas funcionam (ou não) e, acima de tudo ficamos mais conscientes.
Vamos lá ver se não perdemos os bons hábitos!!!
Até sempre!!!
Thursday, June 28, 2007
O caminho para a inovação
Destaco partes de um artigo de opinião publicado na página 20 que apresenta uma reflexão muito interessante acerca da Inovação.
"A inovação é uma atitude, uma vontade, uma forma de estar, não apenas um processo com um princípio, meio e fim. Fixamo-nos, muitas vezes, nos resultados, que devem ser imediatos. A (tirania da) urgência não permite a inovação. Não dá espaço. Sufoca-a. Muitas vezes, nos ambientes empresariais, pelo ritmo imposto, é olhada como "missão impossível", que não irá corresponder ao que se espera. Nem tão pouco se consegue "medir"..."
"A inovação é algo de distinto (e nesse sentido novo). Uma maneira diferente de se fazer o que é habitual. A inovação é contrariar o hábito, a repetição, o automatismo. É criar. Recriar. Colocar em causa o que se deu por adquirido. É questionar (O quê? Porquê? Para quê? Quem? Como? Quanto? Onde? Quantas vezes?...). Podemos inovar individualmente, mas sem dúvida que as maiores inovações resultaram de trabalho de grupo."
"É de aplicação geral? Sim, desde que se viva num ambiente com:
- Espaço para inovar (espaço mental aberto, com vontade de aprender, de fazer, com coragem para fazer diferente, para arriscar).
- Disponibilidade de tempo, para escutar, para processar, para gerar e só depois avaliar. Voltar a gerar e só depois avaliar. Para ter a coragem de parar e avançar, no tempo devido.
- Trabalho de equipa, valorizando, no entanto, o indivíduo como parte de um todo."
Se alguém estiver interessado, pode fazer download da revista a partir daqui.
Wednesday, June 27, 2007
Estão à espera que algum deus venha criar condições na região?
http://jn.sapo.pt/2007/05/30/porto/estao_a_espera_al_deus_venha_criar_c.html
"Madeira e Algarve têm líderes, quer se goste ou não deles", diz Marques dos Santos, para explicar a má situação do Norte e do Centro
Carla Soares, Artur Machado
Com um discurso empolgado e optimista, o reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos, tem apelado a uma união de forças, desde que tomou posse, em meados do ano passado. Objectivo?Criar uma dinâmica de região que tire o Norte do impasse em que vive. Tal, defende, só é possível se todos convergirem em torno de um mesmo líder e se quem está na região não fugir dela.
Cooperar em nome dos interesses do Norte e aceitar, com humildade, uma liderança política forte que promova uma verdadeira estratégia regional, sem ficar à espera de Lisboa. Este é o apelo de José Marques dos Santos que, no plano da administração, defende a regionalização sem recurso a referendo e considera que uma junta metropolitana não pode ser liderada por presidentes de Câmara. O reitor vai, assim, de encontro ao modelo proposto pelo Governo. Até lá, esqueçamos "este discurso de lamúria".
Jornal de Notícias | Tem assumido um discurso pró-região. Afinal, como chegou o Norte a este declínio? Como perdeu a sua força reivindicativa?
José Marques dos Santos | O que terá acontecido foi que o Norte não soube criar as condições para fixar emprego de grande qualidade nos vários sectores. Todo esse emprego foi para Lisboa, para outros locais ou para fora do país, o que significa que não conseguimos fixar pessoas de elevada qualidade, que contribuam para o progresso da região.
É uma culpa partilhada pela região e pelo Estado?
Claro que sim, é de toda a gente. Os empresários e os artistas vão todos para Lisboa. Às vezes, interrogo-me se estão à espera de algum deus que venha criar as condições na região. Cada um de nós tem de se sacrificar um pouco para criar as condições necessárias. Se quem é capaz e pode contribuir abalar daqui para fora, isto nunca crescerá. E seria interessante que os que daqui saíram, a diáspora da região, regressassem. Talvez seja ingenuidade? Se é, então desistimos, ficamos com um país macrocéfalo que tem apenas um grande centro em Lisboa e deixamos de nos queixar.
A atitude deve mudar?
Temos de ser nós próprios a resolver os problemas e não apontar os outros como causas. Temos de deixar este discurso de lamúria e ser mais positivos.
Os políticos também saem e esquecem a região?
Se calhar, também. Políticos, banqueiros, industriais e artistas... Todos desaparecem.
Não é preciso criar condições para que regressem?
Eles próprios também têm de regressar para criar condições. Se os mais capazes não contribuem, quem as criará? O poder central? O poder local delapidado dos seus melhores valores? Assim é difícil.
Tem insistido numa maior cooperação a todos os níveis.
Claro, é fundamental. Falemos de coopetição, o novo calão que associa competição e cooperação. As empresas e as instituições têm de saber competir e também cooperar naquilo onde apenas juntas conseguem criar massa crítica e valor acrescentado.
Por que é tão difícil essa cooperação?
Não sei. É intrínseco. Será por sermos demasiado individualistas ou divididos. Na freguesia onde moro, há três ou quatro clubes e cada um nasceu por cisão. Não há infra-estruturas desportivas na freguesia porque ninguém se entende. Cada um prefere ser o dono de uma coisa pequenina do que partilhar a capacidade de poder e liderança para algo melhor.
Cada um prefere mandar na quintinha em vez de se juntar em torno de uma quinta maior, como diz. Não há capacidade para aceitar com humildade uma liderança?
Obviamente. Não consigo perceber uma instituição ou uma região que vá para a frente sem uma liderança.
Por que falta liderança à região? É dividir para reinar?
Falta talvez uma estrutura política, uma região, algo que nos junte, que tenha poder interventivo e legitimidade para se impor. Se se construir uma equipa com cinco ou seis pessoas e não se nomear um líder, ela rapidamente se desmorona porque o primeiro que avançar é acusado pelos outros de querer protagonismo. Por isso ninguém faz nada, tem tudo receio de avançar.
Deve ter um líder ou mais?
Não acredito em lideranças duplas e triplas. Isso não conduz a bons resultados. E deve haver continuidade. O que acontece, quase sempre, é que quem está à frente dos órgãos está por tempos limitados. Quando as coisas estão a chegar a um ponto razoável, vão embora e volta tudo a zero.
Usando uma sua expressão, quando não há um maestro, cada um acaba por tocar para o seu lado?
E há muitos que tocam bem, mas não conseguem fazer tocar uma orquestra.
Quem poderia ser o maestro da região?
Tem de ser alguém com intervenção política forte. Um político. Alguém que esteja num órgão que seja depois reconhecido e aceite por todos. E que, pela sua capacidade, se imponha aos outros. Se for um medíocre não se impõe.
Há quem atribua esse papel à CCDRN, mas falta-lhe legitimidade democrática.
Pois, dizem que não tem legitimidade e não é eleita. Se calhar sou ingénuo politicamente, mas faz-me confusão, tendo nós uma certa organização administrativa, não ser possível ter uma capacidade de intervenção adequada e impor-se essa liderança. Isso dirá um pouco mal da democracia. Então estamos aqui todos não para construir algo mas cada um está no seu lugar para defender a sua dama. Cada líder local, numa universidade ou numa câmara, deve ter uma visão superior. Temos que pensar se estamos a contribuir para o progresso geral. Cada um tem que pensar para além de si próprio e, quer se queira quer não, tudo que é eleito preocupa-se consigo próprio na perspectiva de outra eleição.
Enquanto não há regionalização, a Junta Metropolitana do Porto pode fazer, parcialmente, esse papel?
Se calhar podia e devia. E penso que tem vindo a fazê-lo.
O que retira da polémica negociação em torno do metro?
Cada um defende só os seus interesses e preocupa-se pouco com interesses cruzados. O líder daquela estrutura devia ser alguém acima de cada entidade.
Concorda, então, com o regime proposto pelo Governo para as áreas metropolitanas, com um executivo sem presidentes de câmara?
Isso vem de encontro ao que estou a afirmar. Porque se for um dos presidentes de Câmara, é logo acusado de defender os seus interesses. É a tal independência que deve existir. Este país construíu-se muito à base da cunha, do pedido, com cada um a procurar resolver o seu problema, e sem saber se ao fazer esse pedido está a prejudicar um todo mais alargado. Se houvesse uma junta regional, ou algo do género, teria de ser alguém acima das câmaras.
Mostrou-se favorável à regionalização mas questionou a capacidade dos nortenhos de se entenderem para fazer tal reforma.
Esta é a minha visão.
A questão é mesmo de falta de liderança?
Penso que sim, por mais que me digam o contrário. A Madeira e o Algarve têm líderes, quer se goste ou não deles. E Lisboa tem o próprio Governo. O Norte e o Centro não têm e veja como estão. Falta capacidade de juntar as pessoas em torno de um projecto.
Não basta estar de mão estendida, é isso?
A liderança serve para definir estratégias que envolvam todos os agentes e pô-las em acção. Quando o dinheiro vem para a região, esta já poderia dizer "quero para isto e para aquilo". E não ter que estar a submeter projecto a projecto. Falamos já de uma estratégia da própria região.
Tal estratégia regional não tem que partir do Governo?
Penso que não é necessário. Se sabemos o que queremos e nos conseguimos entender, ninguém tem de decidir por nós. Claro que a estratégia da região tem de estar sempre em consonância com a do país.
Regiões sem referendo
Enquanto adepto da regionalização, defende um novo referendo?
Por natureza, sou contrário ao recurso à figura do referendo por tudo e por nada. Temos uma democracia participativa. Elegemos deputados para nos representarem e eles devem estar muito melhor informados. É verdade que, muitas vezes, estão sujeitos a disciplinas partidárias que influenciam as decisões. Tem que haver coragem dos partidos de se entenderem e encontrar uma solução constitucional.
Seria difícil, até pela resistência do líder do PSD?
Sim, mas houve tantas mudanças desde o último referendo. O presidente da Câmara do Porto, que não era regionalista, hoje defende a regionalização. Já tem a experiência que lhe permita ver as dificuldades.
Prós e Contras
E foi com alguma satisfação que comecei a aperceber-me que quase todos falavam de Inovação e ora como agora também já sou um "expert" na matéria ainda me interessou mais o assunto. Porém o teor da conversa em torno da Inovação não passou mesmo disso, de andar às voltas da palavra Inovação e criar frases chavões com a palavra. Apenas uma pessoa que agora não posso precisar quem foi, referiu como exemplo a cidade de Bilbao... e eu pensei para comigo mesmo: "Ora aqui está alguém que deve saber do que está a falar, ou então teve aulas com o Professor Alexandre Sousa", porém acho que ninguém deu muita importância a esse comentário.
Resumindo, depois de ver o programa e todos aqueles intelectuais que governam a minha (nossa) cidade e o Norte do país, fiquei com a séria convicção que o lema do Porto e do Norte do país é: "Á deriva...".
Depois ainda se falou de regionalização e quase todos concordaram que isso é apenas um meio para "forçar" a autonomia das regiões, coisa que eu julgo ser possível por outros meios.
E ainda se falou da cooperação entre o Norte de Portugal e a Galiza, mas só apenas ao Presidente da Câmara (e posso estar a ser injusto) é que ouvi falar de cooperação entre municípios do Norte do País. Ele refere que o Porto só pode inverter o rumo se parques industriais como o do Vale o Ave estiverem bem de saúde e que o Porto se recente dessa má gestão.
Deu para tirar umas conclusões engraçadas da actualidade.
Monday, June 25, 2007
Pilotar o seu PC pelo pensamento? Brevemente...
Está decepcionado pelo software comandado por voz? Cansado de escrever no teclado? Os Engenheiros da empresa Hitachi têm a solução para os seus problemas: a ordem pelo pensamento! A relação cérebro-máquina que estes investigadores acabam de testar torna-se num primeiro passo nesse sentido. Este sistema é capaz de ler subtis diferenças da pressão nos vasos sanguíneos que alimentam o cérebro e traduzi-las em comandos electrónicos.
Esta magia funciona por topografia óptica do cérebro. O afluxo sanguíneo é seguido por tecnologia infravermelho. Um afluxo mais importante numa determinada área do cérebro significa uma actividade local mais forte, sendo assim gerado um pensamento nessa zona. O dispositivo é de longe preciso, e, felizmente incapaz de ler o detalhe das ideias. Podemos no entanto enviar facilmente ordens simples. Por exemplo, na instalação piloto da Hitachi, a excitação do cortex frontal, é traduzida e representada por uma série de dados a enviar a um comboio eléctrico. Synopsis, mas visionário.
in Mbit News
Caco says: "Ui, ui!!!!! Era tão bom!!!!!!!!!! Poupava meses de trabalho!
Sunday, June 24, 2007
Innovation Through Design Thinking
Innovation Through Design Thinking
http://mitworld.mit.edu/video/357/
já que estamos numa onda musical...
"Efectivamente" by GNR
Adoro o campo as arvores e as flores
Jarros e perpétuos amores
Que fiquem perto da esplanada de um bar
Pássaros estúpidos a esvoaçar
Adoro as pulgas dos cães
Todos os bichos do mato
O riso das crianças dos outros
Cágados de pernas para o ar
Efectivamente escuto as conversas
Importantes ou ambíguas
Aparentemente sem moralizar
Adoro as pêgas e os padrastos que passam
Finjo nem reparar
Na atitude tão clara e tão óbvia
De quem anda a engan(t)ar
Adoro esses ratos de esgoto
Que disfarçam ao pilar
Como se fossem mafiosos convictos
Habituados a controlar
Efectivamente gosto de aparência
Imponente ou inequívoca
Aparentemente sem moralizar
Efectivamente gosto de aparência
Aparentemente sem moralizar
Aparentemente escuto as conversas
Efectivamente sem moralizar
Efectivamente….sem moralizar
Aparentemente…sem moralizar
Efectivamente
Alternativa: The special one (José Mourinho)
LOVE minus ZERO/No limit «BOB DYLAN»
Alternativa: The special one (Eric Clapton)
Ouvir no mínimo duas vezes!
My love she speaks like silence,
Without ideals or violence,
She doesn't have to say she's faithful,
Yet she's true, like ice, like fire.
People carry roses,
Make promises by the hours,
My love she laughs like the flowers,
Valentines can't buy her.
In the dime stores and bus stations,
People talk of situations,
Read books, repeat quotations,
Draw conclusions on the wall.
Some speak of the future,
My love she speaks softly,
She knows there's no success like failure
And that failure's no success at all.
The cloak and dagger dangles,
Madams light the candles.
In ceremonies of the horsemen,
Even the pawn must hold a grudge.
Statues made of match sticks,
Crumble into one another,
My love winks, she does not bother,
She knows too much to argue or to judge.
The bridge at midnight trembles,
The country doctor rambles,
Bankers' nieces seek perfection,
Expecting all the gifts that wise men bring.
The wind howls like a hammer,
The night blows cold and rainy,
My love she's like some raven
At my window with a broken wing
Saturday, June 23, 2007
SCIENCE NOW!!!
Regressamos aqui? Assim seja; opinemos.
Aparentemente, nós Europeus estamos fortemente dessincronizados ou andamos distraídos ou desalinhados, uns e outros, mais ricos e mais pobres, mais nobres ou mais plebeus. A agenda dita «do que há para fazer?» nem sempre corresponde a evidências factuais, em cada uma das presidências semestrais da U.E.
Atentemos neste estudo recente…
As momentosas relações causa-efeito que confluem para o declínio das ciências na U.E ., estão ancoradas na evolução da sociedade. São montes e resmas de factores, uns com maior grau de compromisso e outros menos. Das várias constatações, também lá estão as óbvias: é preciso inovar em termos metodológicos, mas eu acrescento que também é necessário inovar em termos organizativos.
A minha universidade reclama-se do «modelo de Aalborg» - quem quiser e tiver tempo e jeito para a curiosidade, pode ir ver o que isso é –
Reclama-se mas não aplica o modelo. Não se aplica o modelo porque, p.ex.: para eu entregar lições de "Modelação e simulação" aos meus alunos, preciso da presença de outro colega de trabalho na minha sala de aula. Explico-me:
-No quadro da esquerda vou expondo o contexto teórico e no quadro da direita, o meu colega, vai exemplificando com aplicações práticas o que significa o meu arrazoado que se pretende científico.
Isto faz parte do modelo de Aalborg; estamos a falar de um modelo de formação, contrariado na sua (não) aplicação por ausência de sustentabilidade financeira das entidades educacionais.
O modelo de educação finlandês, que o nosso PM foi visitar antes de tomar o assento, diz que o professor do ensino básico é objecto de supremo respeito. É este professor que ensina os miúdos e miúdas deste povo do Báltico a ler, escrever e contar. Não aprendem mais nada antes de evidenciar as qualidades que enunciei.
Quando as crianças estão em dificuldade nesta ou naquela etapa, chegam mais professores, ou seja, puxam-se mais recursos para a sala de aula; é muito importante que os futuros recursos da Finlândia não fiquem para trás, é que a Finlândia espera muito do seu povo e de cada geração de jovens.
Estamos todos (portugueses) envernizados num discurso que navega noutro plano paralelo e que não possui qualquer ponto comum com o nosso problema nevrálgico. A pergunta fundamental que tem de ser feita é:
- O que podemos fazer para que nem uma só criança portuguesa fique na escola, sem adquirir aptidões, tal qual uma estaca improdutiva que deixamos na horta a secar.
A questão fulcral não tem a ver com culpas próprias ou alheias de quem escolhe ser professor. Não vamos agora estigmatizar quem, por qualquer razão, optou por esse tipo de educação/formação e, como resultado de opções políticas de orientação geral, verifica ou confirma que não existe procura da respectiva proposta de valor.
Quando EU PROFESSOR apareço no mercado de trabalho e me posiciono no lado da OFERTA, sou visível através da minha proposta de valor. Olho para a PROCURA e digo em voz alta qual é o conjunto de benefícios que posso entregar à sociedade ou comunidade, se esta me contratar como prestador de serviços. Isto tem custos e alguém tem de pagar; claro que são fluxos financeiros que a PROCURA deve assegurar.
Optimizar a produtividade? Exigir eficiência? Mas alguém tem dúvidas?
Comecemos então pela liderança…
Wednesday, June 20, 2007
Sugestões para entreter
- Business Week - Innovation and Design (este também)
- Inovar.te (dos amigos da UA - fundamental comprar cada dois meses)
- Norteamos (por militância)
- Inovação e Inclusão
- Formigas com megafone
- Peopleware (O Daily Cup of Tech cá do rectângulo)
Inovação 2.0
A tendência crescente para os acessos gratuítos e generalizados à NET, de forma supra-organizada (iniciativa política) ou cooperante (como as redes do artigo) levarão inevitavelmente a coisas mais magnânimes, permitidas pela utra mobilidade e pela generalização da informação - estas redes, a uma mega escala permitem estarmos integralmente ligados (há um artigo num economist recente sobre isto), desde as sapatilhas que ligam ao nosso cérebro informático e dizem quanto andamos e para onde e a que ritmo, ao nosso telefone que abandona o GSM e o UMTS e comunica de graça e ao nosso bloco de notas ou máquina fotográfica que webiza no momento em que a fotografia é tirada. Vamos ter informação real em tempo real... o fabricante de sapatilhas vai ficar contente em poder saber o que a sapatilha ABZ tem feito e na companhia de quem.
Tuesday, June 19, 2007
CONSULTAS (quase grátis…)
Imaginemos, um caso demasiado frequente, de um(a) professor(a) do ensino básico que está sem colocação. Facto evidenciado em excesso num país que não sabe rentabilizar os seus recursos. Para os mais afectos a correntes pseudo liberais (ideias) eu aconselharia a dar uma vista de olhos pelo panorama do ensino Finlandês, país bem posicionado nos rankings da competitividade.
Retome-se o fio à meada:
Que propostas de reconversão, das mais arrojadas às mais suaves, se poderão propor a esta gente jovem, que não tem perspectivas de trabalhar na área escolhida, para os tempos mais próximos???
Reformular o portfólio de competências… óbvio; mas como seria composto o ramalhete do novo portfólio???
Monday, June 18, 2007
Sunday, June 17, 2007
chuva no verão
Portanto, para todos nós, foi um fim-de-semana em grande! Ainda me lembro quando tinha tempo e condições climáticas adequadas para ir à praia em Junho e apanhar aquele sol fantástico ao amanhecer, lendo o Jornal de Noticias numa das muitas esplanadas à beira-mar.
Actualmente, o máximo que se consegue é ver a nebelina matinal ao acordar e sentir o frio húmido da madrugada, quando vagueamos pela marginal de Gaia em direcção ao Iesf.
Evoluimos num qualquer sentido, mas se inovamos não sei? Peço os vossos comentários.
Esta coisa do Galo, da Galinha, dos muitos ovos chocos na capoeira…
Volto ao local do crime, porque há qq coisa a incomodar-me. Podemos estar, muitas e repetidas vezes, a colocar a tónica no topo da pirâmide, quando a maioria da ineficiência está nas camadas intermédias.
Regressemos a um tema que me é querido e gostoso:
- Então e os profissionais do ensino superior? Etc. & tal?
Não cabe aqui, fazer análise ou instalar divan, para que o Prof chore no ombro da sôTora.
A questão 1 é saber se… e ver evidenciado… que a Escola XYZ possui uma estratégia.
A questão 2 é saber se… e ver evidenciado… que a Escola XYZ possui um modelo de formação.
A questão 3 é saber se… e ver evidenciado que os Profs aplicam o modelo de formação, e são capazes de exigir co-responsabilização dos alunos no sentido de melhorar esse modelo (mais ainda a respectiva ensaboadela teórica e já agora, também a prática).
A questão 4, 40 e a número 400 são do âmbito «dos alunos», pois…pois, claro, claro, claro!
Outro tipo de inovação
Gostei bastante do vídeo que o Miguel Taborda colocou, porém inovações ao nível de tecnologia já é e cada vez mais será o pão nosso de cada dia. Assim que chegarmos à Lua e descobrirmos os materiais novos que por lá existem será uma coisa de outro planeta...
Já aquele vídeo que vos coloco agora aqui e que se calhar já muitos viram é que não se vê em todo o lado. Não sei se é mais inovador que o video proposto pelo Miguel, mas para mim é uma visão completamente inovadora do que são recursos humanos e do potencial que eles possam ter.
Seja qual for o vosso ponto de vista, penso que poderão tirar daqui algumas ideia.
Ver o video
Saturday, June 16, 2007
ISTO de FALAR das nossas inquietações, tem muito que se lhe diga…
Disse uma amiga nossa:
«…eu muitas vezes penso que corro atrás de um sonho, porque apesar de trabalhar na minha área, já tive vontade de abraçar outros projectos, não por não gostar do trabalho que desenvolvo, mas por não ter trabalho suficiente. Teimosamente, ainda não abri mão da minha profissão e, na verdade não quero abrir!
Então, gostaria de propor que fossemos inovadores e déssemos voz alta às nossas queixas. Unamos forças para mostrar o nosso desagrado e lutemos por algo que nos satisfaça.»
E, se voltamos aqui, é porque este grito é muito mais do que efémera manifestação de enfado, por parte de uma qualquer betinha que não está satisfeita com o BMW ou com as próximas 'vacaciones en Cancún'.
Podemos ir buscar outros gritos ou até mesmo sussurros, que perpassam por este ou aquele escrito. Muita malta, deixa ficar pérolas perdidas pelos comentários, apenas porque não soube, ou não lhe apeteceu subir até à ribalta e pôr um texto com direito a foto de primeira página.
Há janelas onde se pode ver com claridade, aquele punho cerrado que quer mesmo dizer:
"Preciso de um emprego"
Outras vezes, podemos perceber por detrás de um sorriso triste:
- Ok! Tenho qb para a sopa e para o gasoil. Mas, tenho tanto para dar e ninguém me pede nada…
É aqui que bate o alarme.
O patrão do IESF, faz muito mais do que outros patrões podem fazer. Faz rodar os jovens que por aqui passam, para que possam aparecer no mercado de trabalho e digam em voz alta: - Eh! Pá, eu sei fazer alguma coisa.
Mas, todos temos a sensação que não basta.
Há uma associação de alunos, ou isso…
Há uma 'network' dos totós que têm influência na sociedade portuguesa e obviamente, no IESF também.
E os jovens que por aqui andam, como mexem? Como se interligam? Como dizem uns aos outros o que há por aí para fazer? Como transmitem uns aos outros o que gostam de fazer? Como realizam o teste ácido do "sou capaz de..."?
Friday, June 15, 2007
BALANÇOS? Não, obrigado!
Deixo os balanços para a M.ª Olinda, para a Irene, para a Ana (?!), para o Caco (?!), assim que me lembre…
A pergunta seguinte é sempre a mesma: - Que há para fazer?
Quando se começa a responder, os post-it saltam para a parede e com eles desata-se um novelo de inquietações, a última das quais será sempre a pior de todas: - Será que eu posso?
Uma boa alternativa também pode ser a de caminhar na perpendicular ao bem amado edifício Heliântia e ir beber uma Abadia, ou uma Bohemia, ou uma Preta ou uma Branca, até ao Bar dos Invejosos. Chamo-lhe assim, porque um lá passa as tardes sonhando estar na sala de aula; outro tem de estar na sala e almeja sentar-se no Bar, e por aí…por aí fora
Obviamente, a nossa meia dúzia de horas de convívio, não foi outra coisa senão isso. Para mim é um gozo estar na sala de aula e poder representar o papel de um actor que conhece razoavelmente o seu papel. Gosta de William Shakespeare? I beg your pardon???
Pois é, mas eu gosto dos trabalhos de Michael Porter. Não está na moda? Está, está! Temos é que explicar meia dúzia de simplicidades, seja ao Filipe La Feria, seja ao Manelzinho da Economia.
Assim, nas voltas do texto, conversando em espiral, veio-me à memória uma frase do Xico Buarque: - Foi bonita a festa, pá!
Continuamos?
- Sim!
Claro que podemos continuar. Para já, percebemos todos que, mesmo adeptos de seitas e religiões diferentes, temos de ter juízo, no mínimo dar aos outros uma imagem de que efectivamente, temos juízo. Não vale tudo nesta história da competitividade? Pois não, não vale, estamos de acordo. Mas, temos de saber as linhas com que a competitividade se cose (ou será coze?).
Chegados aqui, fica a pairar no ar, um sopro para que a disciplina se passe a chamar COMPETITIVIDADE & INOVAÇÃO, com algum esforço e coragem, cortávamos a inovação e ficávamos só com a competitividade…; não, não pode ser. Remar contra a corrente é coragem, mas também é estultícia.
Vimos ontem, em breves instantes, que a competitividade abarca três grupos de factores que merecem (exigem) estudo e conhecimento:
- Grupo dos requisitos básicos (instituições, infraestruturas, macroeconomia, saúde e educação básica);
- Grupo dos dinamizadores da eficiência (educação superior, eficiência do mercado, prontidão tecnológica);
- Grupo dos dinamizadores da inovação (inovação, sofisticação do negócio).
Passemos em revista, reflectida, o último grupo de slides bonitos (diz a Ivone…) que o Bispo Porter nos passou, sobre o que mexe na economia norte-americana. Mesmo que não estejamos apaixonados por George ou Condolezza.
Beijinhos & abraços.
Mantemo-nos por aqui? Até que a voz nos doa?
Opa sobre o SLB
As acções valem 2 e qualquer coisa euros; JB oferece 3 e qualquer coisa euros; e nós? e nós? somos ou não somos gente para opar hostilmente LFV, JV e porque não o próprio JB?
Michael Porter
Bishop William Lawrence University Professor
Harvard Business School
A leading authority on competitive strategy and the competitiveness of nations and regions, Professor Porter's work is recognized in governments, corporations, non-profits, and academic circles across the globe. His ideas on strategy have become the foundation for the required strategy course at the Harvard Business School, and his work is taught in virtually every business school in the world.
Professor Porter's core field is competition and strategy, and this remains a primary focus of his research. His ideas have also re-defined thinking about competitiveness, economic development, economically distressed areas, and the role of corporations in society. Professor Porter is the author of 17 books and numerous articles, and is a five-time winner of the McKinsey Award for the best Harvard Business Review article of the year.
Professor Porter has recently devoted considerable attention to understanding and addressing the problems in health care evident in the United States and abroad. His new book, Redefining Health Care (with Professor Elizabeth Teisberg), is being published in May 2006 by Harvard Business School Press. It develops a new framework for understanding how to transform the value delivered by the health care system, with practical recommendations for providers, health plans, employers, and government, among other actors.
In addition to his research and writing, Professor Porter serves as an advisor to business and government. He has served as strategy advisor to numerous leading U.S. and international companies, including Caterpillar, Procter & Gamble, Scotts Miracle-Gro, Royal Dutch Shell, Taiwan Semiconductor, and Sysco. Professor Porter also plays an active role in U.S. economic policy with the Executive Branch and Congress, and has led national strategy initiatives in numerous countries. He currently serves on the board of directors of Parametric Technology Corporation and Thermo Electron Corporation, and chairs Harvard Business School's program for newly appointed CEOs of multibillion dollar corporations.
Professor Porter received a B.S.E. with high honors in aerospace and mechanical engineering from Princeton University. He received an M.B.A. with high distinction from the Harvard Business School, where he was a George F. Baker Scholar, and a Ph.D. in Business Economics from Harvard University.
Professor Porter has won numerous awards and honors, including Harvard's David A. Wells Prize in Economics for his research in industrial organization, the Academy of Management's highest award for scholarly contributions to management, and the Adam Smith Award of the National Association of Business Economists. The recipient of numerous honorary doctorates and national honors, he was elected an Honorary Fellow of the Royal Society of Edinburgh in 2005.
Thursday, June 14, 2007
Afinal Inovou!
Is this Game... Over?
É o fim das nossas aulas mas penso que não será o fim deste blog. Estas (poucas)últimas 16 horas que tivemos em partilha foram - e penso que será para todos - de uma alegria e sabedoria contagiante. Pena não ser assim em todas as cadeiras (estou-me a lembrar de uma em especial com uma carga horária enorme e em que temos que passar o tempo a "encher chouriços" e a ouvir alguém que se acha dono da verdade absoluta) e não tenho dúvidas que muitas ideias ficaram por discutir, tão ou mais importantes que as que já discutimos.
Apesar de todos ficarmos a perceber que vivemos num país cada vez mais na cauda de todos os rankings, podemos orgulhar-mo-nos de termos as ferramentas para dar o nosso contributo para que a inevitabilidade do destino não seja assim tão inevitável.
Resta-me agradecer ao Professor Alexandre por tão bem nos ter tratado (não é graxa, é lóbi profissional!!) apesar da dificuldade dos assuntos tratados e da vontade que tinha em massacrar-nos com mais rankings e más práticas dos tugas.
Fica o Blog prá posteridade na esperança que continuemos a carburar posts com as nossas ideias e, quem sabe, um futuro livro da colecção do IESF (teremos que fazer lóbi profissional também!!).
Competitividade
Da ordem dos Engenheiros
Fórum para a Competitividade
Várias em castelhano:
Monografias sobre o tema
Documentos
Site interessante
Enfim... na net há sites que falam de competitividade para todos os gostos.
Abraços
Um problema quase eterno e que caminha para a eternidade
Diz Joana: « Ainda hoje no projecto onde trabalho surgiu-nos a hipótese a uma candidatura a um projecto de divulgação de novas tecnologias para a população idosa, mas tínhamos de ter 4 parceiros (que contribuíssem com 50% da verba do projecto) sendo que estes deveriam ser de 4 países diferentes da união europeia.
É de facto uma ideia interessante mas.... pelo menos na minha instituição ainda não temos hipótese de agarrar um projecto desta envergadura... é pena pois pareceu-me super interessante»
........................... Agora, digo eu:
Há muitos anos (desde 1996…) que participo em projectos multi(nacionais) construídos à volta das competências de diversos centros de investigação e empresas clientes de investigação aplicada.
O nosso primeiro suporte foi http://www.aizabala.com/ que continua viva e de boa saúde. Se eis aqui o link é forçosamente para que se veja que estas coisas existem, ou seja, deve haver um conjunto de competências, por exemplo em projectos internacionais, capaz de fazer aquilo que outras entidades não sabem fazer nem têm que saber fazer. Cada macaco no seu galho.
Mas, vejamos: eu acredito, por exemplo, que a SPI (outras,...) esteja vocacionada para elaborar este tipo de projectos…
Assunto: Orgulho em ser Português
Por isso, tenho orgulho de ser Português!
Durante escavações nos EUA arqueólogos descobriram, a 100 metros de profundidade, vestígios de fios de cobre que datavam do ano 1000. Os americanos concluíram que seus antepassados já dispunham de uma rede telefónica naquela época.
Os Espanhóis, para não ficarem atrás, escavaram também seu subsolo, encontrando restos de fibras ópticas a 200 metros de profundidade. Após minuciosas análises, concluíram que elas tinham 2.000 anos de idade. Os Espanhóis concluíram, triunfantes, que seus antepassados já dispunham de uma rede digital a base de fibra óptica quando Jesus nasceu!··.
Uma semana depois, no Porto, foi publicado o seguinte anúncio:
"Após escavações arqueológicas no subsolo de Lisboa, Porto, Algarve, Guimarães, e mesmo no deserto da margem sul, até uma profundidade de 500 metros, os cientistas Portugueses não encontraram absolutamente nada.
Eles concluíram que os antigos já dispunham, há 5.000 anos, de uma rede 'wireless'!".
Espectacular !!!
ANDREIA
Wednesday, June 13, 2007
Lean Management
Vem a Portugal dar duas conferências.
A EMPRESA E O TIPO DE INOVAÇÃO
(se não der para ver os quadros podemos encontrar aqui, último artigo do site)
EMPRESA E O TIPO DE INOVAÇÃO
No quadro 2.1 apresenta-se um resumo dos exemplos de tipos de inovação referidos neste sub-capítulo. Quadro 2.1 - Síntese de exemplos dos tipos de inovação.
Ao analisar a tipologia das diferentes inovações, é possível percepcionar que diferentes tipos de inovação apresentam custos de desenvolvimento igualmente diferenciados. Por outro lado, os benefícios associados à inovação encontram-se proporcionalmente relacionados com os custos associados à implementação da mesma. Na generalidade dos casos, o custo da inovação aumenta à medida que se evolui de inovações de embalagem para inovações de conceito. No entanto, dada a multiplicidade de inovações que podem ocorrer, é perfeitamente natural que inovações de outros tipos possam ter custos de desenvolvimento superiores aos de tipos de inovação que se encontram normalmente posicionados acima (e.g. embora na maior parte das vezes as inovações de embalagem tenham um custo inferior à inovação de serviço, existem situações em que se passa o inverso). A figura 2.1. traduz esta ideia.
Fig. 2.1 - Relação entre o custo e o benefício dos diferentes tipos de inovação e suas posições relativas.
A selecção do tipo de inovação mais adequado a cada empresa deverá ser efectuada tendo por base três factores chave: a atractividade do mercado, a capacidade da empresa e o timing da inovação.
Rumo ao Norte
Así se habla como escribía el autor de Lusíadas, que casi toda la (lírica) poesía de amor ha sido escrita en castellano.
Bueno, ahora hay que conquistar Galicia y tornar Santiago capital de la región Atlántica que puede comenzar en Ferrol y llegar hasta Oliveira de Azeméis.
«Ferrol é um município espanhol situado no noroeste de Galiza, nação sem Estado do ocidente europeu localizada a Norte de Portugal e actualmente integrada parcialmente como Comunidade autónoma do mesmo nome (Galiza) em Espanha, localizando-se a cerca de 50 quilómetros da capital provincial, Corunha.»
«Oliveira de Azeméis é uma cidade portuguesa, situada no Distrito de Aveiro, região Norte e NUTIII de Entre Douro e Vouga, a cerca de 208 metros de altitude, e com cerca de 11 200 habitantes.»
Tuesday, June 12, 2007
Os Engenheiros...
Os engenheiros da nossa turma, não fiquem ofendidos, não é nada pessoal, apenas constatações do país onde viemos.
Sendo Licenciado em Gestão Financeira, fico completamente estupefacto com as capacidades dos "nossos" engenheiros. Gostava mesmo de saber o que é que ensinam nas FEUPs, ISEPs e etc... pois todos, ou quase todos, os engenheiros saem de lá a sentir que têm capacidade de quase tudo!
Eu explico.
Um engenheiro civil sai da faculdade e pensa "Vou abrir uma pastelaria", "Vou abrir uma empresa de brindes publicitários", "Vou ser um fotógrafo", "Vou escrever para um jornal", "Vou trabalhar para uma empresa de arranjos florais", "Vou abrir uma empresa!". Maior prova disso é o actual Primeiro Ministro ou o Guterres. "Tirei Engenharia? Vou para político."
Alguém tira Farmácia, vai para uma farmácia ou laboratório, alguém tira arquitectura, vai para um gabinete de arquitectura, alguém tira Direito, vai para jurista ou escritório de advogados, alguém tira Gestão, vai gerir uma empresa ou ajudar na gestão. Alguém tira Engenharia, alto e para o baile, "Eu posso fazer tudo! Vou criar uma empresa de distribuição de refeições ao domicílio!".
Quando tirei Gestão Financeira e recebi um diploma, não me passou pela cabeça "Vou fazer uma ponte!".
Julgo que a capacidade das pessoas poderem exercer funções numa área onde não são especialistas, pode influenciar o desenvolvimento de um país. ( mais uma vez, o nosso PM...)
Lembram-se da polémica que foi a nomeação de equipas de gestão profissionais nos Hospitais Públicos? Que queriam lá? Médicos? Engenheiros? Não, têm de ser gestores profissionais. E estes não chegaram lá a dizer que iam remover o apêndice de alguém mas sim gerir as contas do hospital.
Como podemos aceitar que Portugal tenha quase a totalidade dos seus psicólogos a trabalhar fora da sua área de especialização porque não têm uma Ordem dos Psicólogos? Tudo porque há um dois lobbies que não se entendem na divisão de poderes da instituição?
Os exemplos são intermináveis...
Moral da História: Que impacto isto tem na inovação do nosso país?
Aguardo comentários...
A virtualidade, é inovadora?
Estou-me a referir apenas ao conceito de utilização de post its, desenvolvimento de ideias, interacção em projectos, etc...
Ou seja, é tudo muito giro e tal mas só tem uso num escritório físico ou já há algum site que dê para fazer esse tipo de "esquemas organizacionais"? Se há, avisem que posso vir a precisar. Se não, podemos começar a pensar em criar uma coisa dessas.
A minha ideia surge porque, onde trabalho, nunca poderei ter esse tipo de interacção com colegas de trabalho na construção e desenvolvimento de projectos. Trabalho para uma empresa espanhola, com sucursal num escritório virtual em Aveiro e os "funcionários", bom... Dois na Corunha, um na Trofa, eu no Porto, 2 em Aveiro, um na Marinha Grande e outro em Portimão...
Todo o nosso trabalho e feito por meios virtuais, internet, skypes, msn, fileshares, etc... Em 6 meses de trabalho, não vi uma folha de papel...
Não será que este conceito começa a deitar por terra alguns conceitos empresariais, tornado-os obsoletos?
O "cluster" Inovação em Portugal
Dou uma pista, o estudo que ele encomendou ao Porter foi, reconhecidamente, inovador em Portugal. Ainda hoje se debate os resultados e recomendações dos clusters Portugueses de Porter.
Esse sr. continua a fazer muito em prol da Inovação.
Afinal temos ou não temos Inovação em Portugal?
Qual o posicionamento das empresas portuguesas face à Inovação?
E então? onde se posicionam as PME tugas?
Monday, June 11, 2007
Plano Tecnológico de Navarra: «Abençoada DIANA!»
ESTE foi o comentário publicado pela nossa colega Diana Oliveira ao post intitulado:
«Plano Tecnológico de Navarra»:
É só para lembrar os mais desatentos que Portugal também tem um Plano Tecnológico, não é só Navarra(...)Navarra fica onde?! Não é que eu seja muito nacionalista...(Ok coloquei a bandeira de Portugal no Euro 2004)mas nós também fazemos destas coisa por cá, até pertencemos à CE. Temos que discutir sobre o que é nosso...
Caro Professor a aula de amanhã tem que ser dada em castelhano...
Para mais informações sobre o PT de Portugal: http://www.planotecnologico.pt/pt/planotecnologico/perguntas-frequentes/lista.aspx
Abençoada DIANA!
É que a nossa colega e amiga, dá uma fenomenal deixa para explicar porque é que não temos nenhum Plano Tecnológico; o que nós temos é um conjunto de "Power Points" a enunciar medidas avulso sobre iniciativas de cariz tecnológico.
Quem o diz, não é o modesto tecnólogo Alexandre Sousa, é o distinto Prof. Augusto Mateus, ex-Ministro da Economia e actual relator governamental do projecto OTA..
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1263366&idCanal=63
Augusto Mateus: "O plano tecnológico não existe, é um powerpoint" 07.07.2006 - 11h09
Augusto Mateus, antigo ministro da Economia do Governo de António Guterres, defende hoje, numa entrevista ao "Semanário Económico", que "o plano tecnológico não existe, é um powerpoint".
"A ideia que a tecnologia é o coração é errada", sublinha o economista e professor no ISEG"O coração é conhecimento e inovação", destaca o antigo governante, acrescentando que "o"único plano tecnológico que Portugal teve até hoje foi o PEDIP, em que as empresas tiveram incentivos para se modernizarem tecnologicamente".No seu entender, Portugal não deve continuar "a inventar" actividades ligadas às novas tecnologias e deve, pelo contrário, olhar para os sectores onde já tem vantagens.
Sunday, June 10, 2007
Plano Tecnológico de Navarra
Na próxima terça-feira é dia de trabalho no MBA do IESF.
Durante a primeira parte da sessão vamos trocar umas impressões sobre estas coisas dos planos de inovação, planos tecnológicos, difusão e comunicação da inovação e ideias conexas.
Na segunda parte, queríamos discutir em jeito de defesa, ataque e contra-ataque, se estas tretas dos planos tecnológicos têm alguma validade.
Assim sendo, desafio os meus amigos, colegas, companheiros e camaradas de trabalho – cada qual adopta a sua bandeira – a dar uma olhada (espreitadela também é permitido) à volta do que tem sido o Plano Tecnológico de Navarra. Aquela gente já vai no terceiro!
Podem dar uma volta no quadro, que está visível via:
http://www.plantecnologico.com/pdf/Tercer_Plan_Tecnologico_de_Navarra_cuadro_mando.pdf
Obviamente, quem quiser (e tiver coragem) tem acessível o texto do plano tecnológico de Navarra ( o terceiro…):
http://www.plantecnologico.com/pdf/Tercer_Plan_Tecnologico_de_Navarra.pdf
Saturday, June 9, 2007
Bem vindo Rui…
Tal qual uma barragem de artilharia, chegaram ao LABINOV 14 comentários do nosso amigo Rui Branco, que assim nos brindou, em quantidade e qualidade, com o seu ponto de vista em torno das variadíssimas opiniões ante expressas no nosso blog.
Porque também tenho de trabalhar, fica prometida uma continuidade face a uma das muitas deixas que o Rui nos deixou, no caso concreto, sobre o avanço da ciência e a maior ou menor probabilidade de aparecerem outras inovações radicais.
Posts que mereceram a atenção do Rui Branco:
" Ser ou não ser Inovação, eis a questão!"
" APRENDER COM OS ALUNOS (?!)"
" INOVAÇÃO INCREMENTAL versus RADICAL"
" As marcas mais poderosas de 2007"
" Deja vu?"
" Inovação organizacional na U.C.P."
" Project Management e a necessidade de um Rumo"
" A todos que preparam a trouxa para seguir até ao A...":
" Inovação?!?!"
Friday, June 8, 2007
Será Inovação?!
Antes de mais e só para vos situar um pouco peço-vos que se imaginem em Francelos, numa esplanada… Parece-vos que estão apenas no relax, não é? Mas não estão! É que ao mesmo tempo estão também a responder a uma entrevista de emprego no Canada! Acham impossível? Nada disso… visitem o site www.gizmoz.com !
Não sei se já conheciam, mas eu descobri o "Avatar"ao ler um comentário que estava no JN de 4ª-feira passada e achei interessantíssimo. Esta “acessibilidade” permite-nos criar uma representação virtual 3D de nós próprios através de um upload de uma foto. Se explorarem um pouco o site, percebem que nos permite fazer um pouco de tudo, permite-nos até gravarmos a nossa voz, escrevermos um texto e pormos o nosso “eu” virtual a falar por nós, até com o complemento das expressões faciais… isto tem de ser Inovação! Será que promete?...
Carla Ferreira :)
Thursday, June 7, 2007
Inovação?!?!
Actualmente é uma palavra muito pronunciada no nosso país, mas será que quem a diz percebe mesmo o seu significado? Num país em que se fala há tanto tempo em choque tecnológico não faria sentido haver um maior conhecimento, por parte da população, das novas tecnologias?
Por outro lado fará sentido falar em inovação e choques tecnológicos, quando grande parte da população permanece irredutivelmente ligada a tradições e a memórias?
Não é fácil mudar as mentalidades, no entanto é preciso trabalhar para que isso aconteça. Não acredito que este trabalho seja feito, que esta meta seja atingida continuando a olhar para o passado e a agir da mesma forma.
Se temos mais meios, se temos mais informação, mais possibilidadede chegar ao conhecimento, será legítimo atrufiar o nosso crescimento e o crescimento do nosso paíspor causa dos receios em mudar.
Não chega olhar para os outros países e dizer que queríamos ser como eles, é preciso trabalhar para isso e essa será a grande INOVAÇÃO a que nos devemos propor: romper com a tradição, com a continuidade. Nesse momento a pala inovação fará cada vez mais sentido e certamente haverá mais desenvolvimento.
INOVAÇÃO em Portugal
1. Principais indicadores de inovação
O European Innovation Scoreboard (EIS) indica que Portugal passou do grupo dos «países em atraso» em 2001, para o grupo dos «países em vias de recuperação» em 2005. Este crescimento relativamente lento explica-se pelo importante atraso efectivo que Portugal acumulava à data da sua adesão à União Europeia.
Todavia, parte dos esforços evidenciados mantêm-se insuficientes face à progressão da U.E. o que demonstra o fraco desempenho de Portugal relativamente à Despesa em I&D em Portugal e reduzida participação das empresas na prestação nacional de I&D em relação à União Europeia.
2. O papel do Estado
Em Portugal tal como na Europa, a política de inovação não é nunca alinhada com o crescimento da competitividade. O Estado, em Portugal, joga um papel primordial na criação de um clima favorável à Inovação, levando à prática acções de estímulo, de coordenação, de acompanhamento e ajuda às iniciativas do sector privado, para além das tarefas de difusão da inovação e transferência de tecnologia. Registam-se os objectivos do governo português: até 2010, conseguir 1% do PIB em investimento público para a ciência e a tecnologia, 5,5 investigadores por 1000 activos e triplicar o investimento privado em Investigação e Desenvolvimento.Para alcançar estes objectivos, o governo pôs em prática políticas e programas, tais como :
MIT- em Portugal e CMU - Portugal, Ciência 2007, Programa Operacional "Ciência e Inovação 2010" (POCI), Programa Operacional para a Sociedade da Informação (POSI), Programa Operacional 'Ciência, Tecnologia e Inovação' (POCTI), Quadro de Referencia Estratégica Nacional (QREN).
3. O papel das Empresas
Os resultados do Inquérito Comunitário sobre Inovação (CIS), realizado entre 2002-2004 em Portugal, permitiu compreender o comportamento das empresas em termos de Inovação: 40% das empresas declararam ter inovado durante esse período.
As empresas disseram ter dispendido 2.827 milhões de euros em inovação, dos quais 70% deste montante foram afectos à compra de novos equipamentos e software e cerca de 24% às actividades de I&D.A taxa de inovação das empresas inovadoras é muito variada segundo os sectores de actividade: 100% no caso dos serviços de actividades económicas ditas de I&D, 78% nas empresas de telecomunicações, 75% nas empresas de Informática ou actividades conexas.
No lado contrário estão as indústrias têxteis e do couro, classificados como os sectores menos inovadores.
As empresas inovadoras estão situadas maioritariamente nas regiões Centro (46%), Lisboa & VT (44%), Algarve (29%) e Madeira (33%).
34% das empresas inovadoras declararam que a falta de conhecimentos é o principal obstáculo à inovação em Portugal. 29% das empresas inovadoras consideraram que as informações relativas aos concorrentes e às empresas do mesmo sector são os indicadores mais importantes para o desenvolvimento de projectos inovadores. As fontes institucionais, o governo e as universidades foram citados como altamente importantes para respectivamente 18 e 19% das empresas inovadoras.As empresas inovadoras são pouco receptivas a trabalhar com as entidades externas. Apenas 28% das empresas portuguesas trabalham em colaboração com as universidades, por isto se vê que a maioria das empresas são reactivas e pouco proactivas em termos de inovação, o que se explica pelo pouco tempo que os directores das empresas consagram às questões da inovação.
4. Portugal regista um crescimento em termos de Ciência e Tecnologia
Assim, o número de bolseiros da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) passou de 5000 para 5800, o número de doutorados aumentou de 1180 para 1250 entre 2005 e 2006 e a produção cientifica nacional subiu 15% no mesmo período. O número de patentes cresceu 18% entre 2005 e 2006, finalmente ultrapassou a barreira das 200 patentes nacionais. Portugal protege pouco a inovação em relação à média Europeia.As patentes são registadas principalmente pelas Universidades que triplicaram a protecção das suas invenções, passando de 25 patentes nacionais em 2005 para 83 em 2006. Em 2005, o Instituto Superior Técnico (IST) foi a entidade que registou o maior número de patentes nacionais seguido das universidades do Minho e de Aveiro.
34% das patentes são depositadas pelas universidades contra 28% das empresas.