Educação inclusiva – por onde andas tu?
1. Confesso que não tenho tido muita paciência para fazer a despistagem do que têm sido os roteiros para a inclusão que a equipa do Presidente da República tem vindo a elaborar.Posso, portanto, estar a incorrer num erro de distracção & ignorância passiva.
2. Escutei com muita atenção um opinador da Antena Um, que já foi Ministro do Governo com responsabilidades na área do Trabalho, a chamar a atenção para as manifestações 'pavlovianas' (diz ele) que ocorrem no 1.º de Maio.
3. Tenho vindo a preparar com muita 'doçura' uma pequena intervenção num workshop sobre SL (second life) que está previsto para o final deste mês, na universidade que me paga o salário, suporte da vida material que assumo & consumo. Uma das utopias que estes brinquedos ditos, entre outras coisas, de 'social software' alimentam, é a possibilidade de simular situações de ensino/aprendizagem, com que os teóricos sonham, mas que raramente ou nunca se transformam em objectos reais. Não me perguntem porquê… ainda agora é de manhã.
4. Como sou um utópico assumido, registado, vestido a rigor e etc., tenho vindo a desenhar essa comunicação orientada para a recuperação dos nossos concidadãos, maiores de quarenta anos, que perderam os seus empregos, maioria dos quais vivem ao longo da E.N.1, ou seja tem acesso a infraestruturas de comunicação próprias ou disponibilizadas pelas comunidades locais.
5. Desafios? Ouvi perfeitamente!
São tantos e tremendos que até assustam os mais valentes. Um deles, chama-se «abertura»: é que os percursos do 'e-Learning' que usualmente são trabalhados, estão nas mãos de quem quase nada conhece do mundo que está lá fora, para lá das cancelas da universidade. Esta «abertura» exige que outras pessoas, eventualmente não licenciadas, nem pós graduadas, participem na concepção destas propostas.Outro desafio, chama-se Plano Individual de Aprendizagem e articulação da gestão de sistemas e-Learning com o desenvolvimento de aptidões/competências orientadas para o mundo do trabalho.
A seguir, temos a motivação dos directores e 'donos' do I.E.F.P., centros de formação vocacional e outros etcs., que (não) me mandam mensagens assim:
"As the director of Liguria Vocational Training for General Practice I am very interested in the educational opportunities offered by "Second life" and I 'd like to share experiences in this field. "
4 comments:
Caros leitores,
começo por dizer que esta é a minha 1ª incursão, ouviram bem - 1ª incursão pelo mundo dos blogs!!
Licenciei-me há 3 anos em Psicologia na Universidade de Coimbra e, chamem-me conservadora, para mim não há nada como uma boa aula presencial, professores e alunos que partilham um mesmo espaço de aprendizagem e onde uma aula, por melhor preparada que tenha sido, pode sempre aflorar temas não previstos mas que, pelos vistos, foram incluídos pelas cabeças - e as despertaram!! - que ali se encontram periodicamente!!
E não consistirá nisso mesmo o processo Ensino-Aprendizagem??
Não me interpretem mal - aliás outro dos problemas da comuniçação veiculada por este meio: não auscultamos, no imediato, o feedback de quem nos ouve - acredito que possui muitas vantagens, mas há tanto ainda para fazer em prol da qualidade do ensino tradicional: não estaremos a querer dar passos maiores do que as nossas pernas?
Ficam as ideias, que valem o que valem... mas sinto-me bem por esta estreia!! Não deixo é de pensar nos eventuais desvios que poderiam ter pautado esta comunicação se esta tivesse acontecido já ali ao lado, numa mesa do Café Velasquez...
Fantástico...
Uma "conservadora" assumida e a mandar bitaites num blog é só por si um passo de gigante.
Óbvio, óbvio, que a sessão presencial é a componente nuclear de uma fatia de ensino & aprendizagem que é esta nossa experiência denominada I&C.
Não sou eu que lhe chamo Disciplina.
Vamos estar juntos em 4 sessões, provavelmente nenhuma das quais vai cumprir o plano que preparamos de antemão, mas vamos abrir, mutuamente, outras perspectivas de olhar estas coisas.
Ensinar e aprender, hoje, é um laboratório de espelhos; o Café Velasquez também os tem, o problema é que o João Paulo Peixoto não nos deixa fazer lá a sessão...
Sabe, noutros lugares e noutras situações, realizo sessões presenciais na Vulcano, na Simoldes, na Renault, no Porto de Aveiro, na Faurecia, ... ou seja, fazer isto numa coisa parecida com o Café Velasquez, nem sequer seria a primeira vez.
Um abraço
Boa noite,
Eu como pessoa curiosa e com uma ânsia de saber insaciável, estou sempre á procura de novos desafios, e em 2004, mal terminei a formação de formadores, vi uma formação financiada em e-learning, sinceramente pareceu-me chinês, e por isso inscrevi-me para ver o que seria.
Chegada lá disseram-me que apenas a primeira e ultima sessao seriam presenciais, teriamos toda a informação numa plataforma (o que é isto, perguntei eu...santa ignorância)que teriamos as directrizes para o que seria esperado fazer nas discplinas, teriamos momentos em que nos encontrariamos a uma determinada hora no chat da plataforma para debater alguns assuntos, e que teriamos o forum e que no fim de cada módulo, a uma hora definida tinhamos acesso ao exame online onde tinhamos um tempo definido para o realizar....bem...tanta informação nova para assimilar não tendo qualquer base sobre a qual interiorizar!!
Mas de facto foi na pesquisa de informação para os diferentes módulos que fui percebendo um pouco do mundo virtual e do e-learning, que é de facto interessante e que nestas dificulade de conciliar horários, em que o trabalho não tem horas para começar nem acabar, em que as actividades são mais que muitas, conseguimos ir gerindo o tempo de forma a cumprir os objectivos a que nos propomos satisfazendo nossos interesses e curiosidades.
Parecia-me difícil que todos os módulos fossem dados assim ou todo o tipo de formação, mas vendo exemplos americanos, com filmes, como se estivesse alguem á nossa frente, com apresentações em power point interactivas, mesmo animado, com os passos a seguir, mas isso ainda não tive oportunidade de ver em nenhuma plataforma portuguesa, mas de certo que já deve andar por aí tanta informação, que é difícil chegar a tudo e estar 100% a par da informação a todos os níveis:)
Joana rebelo
Como velho dinossáurio, feito por uma grande senhora vestida de azul e preto, que dá pelo nome de I.B.M., dou por mim em cada dia que passa a dizer ao povo que vai na procissão: - Calma! Isto não é o que parece. Há um factor terrível, com uma bocarra enorme, insaciável, que se chama tempo, que tudo devora até ao apito final.
Grande introdução, assim, a modos do Moisés & as Tábuas da Lei.
O grande estrago que as promessas do eLearning causam nos incautos que se aproximam – agora da língua do camaleão – é que o eLearning não é:
- a substituição do físico, pelo virtual;
- a transposição da sala de aula para a web;
- a simplificação do processo ensinar, nem do processo aprender;
- menos exigente em termos da capacidade demonstrada pelo aluno para cumprir o roteiro ou plano de trabalho;
- uma redução no tempo a preparar, a confirmar, a consolidar, a corrigir, a…
eLearning não é tanto um problema de assíncronos & síncronos, de chats ou de messengers, de fórum ou de blog ou de wikie,…
eLearning exige muito mais do planeamento e da construção e dos roteiros e dos portfólios, e dos xiribitatata;
E a motivação da miudagem?
E o pseudo-suporte e o INEM?
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