Wednesday, May 30, 2007

AUTO APRENDIZAGEM




MJMatos said... (Maio 30, 2007)


Por que é que não incluem na discussão a aprendizagem autónoma, que é, afinal, o objectivo último da educação superior?


Parece-me ser essa a chave de leitura correcta para esta questão.

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A questão tem a ver com a construção de conhecimento que cada um de nós pode e deve fazer, autonoma ou colaborativamente.

Não basta ter acesso ao conhecimento já existente e às ferramentas (internet, mobile, vídeos,...); é necessário e fundamental participar no processo de produção desse mesmo conhecimento, cada vez mais entendido como partilha e colaboração.

A postura mais tradicional é a "construção passiva", que costumo traduzir por "passear entre os pingos de chuva"; óbvio, que quando nos molhamos, temos uma sensação esquisita de que o guarda-chuva estava roto, os sapatos não eram apropriados, o tecido do vestuário estaria mais adequado a outra estação e por aí fora.


Mas, é muito bom que, mesmo sem uma visão sofisticada do todo, possamos aqui ou ali identificar uma das partes e dizer: -alto! esta peça cabe aqui!


O nosso amigo MJMatos deixou-nos esta deixa sobre aprender autonomamente…


Para saber mais, há um site (George Siemens), que eu diria, quase obrigatório:


procurando por «self learning» vem à rede, peixe graúdo e bom, daquele que sabe a mar.

4 comments:

RC said...
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RC said...

Sinceramente acho que o tema da auto aprendizagem não pode deixar de estar associado ao tema do post "Será possível inovar na entrega da educação (formação)???". Uma vez que a auto aprendizagem será sempre um complemento a um qualquer método de ensino que seja utilizado. É o primeiro método que utilizamos quando nascemos, aprendemos por nós próprios a conhecer o mundo, por imitação ou por outro meio qualquer, o que é certo é que esse é o primeiro método de aprendizagem que utilizamos na vida.

Penso que depois somos formatados, tal como eu já disse antes, a aceitar como verdade inquestionável o que nos vão dizendo os professores sem investigar os fundamentos desses ensinamentos. E o nosso cérebro vai perdendo a forma física pois deixa de pensar. "As Matemáticas" nesse sentido permitem-nos ir descobrindo como se resolve uma equação ou um problema, mas conforme sabemos são os parentes pobres do sistema educativo.

Contudo penso que esse método de aprendizagem voltará a ter a preponderância que deveria possuir. Os grandes Mestres da antiguidade como Sócrates, Da Vinci, entre outros foram autodidactas, por isso o conceito não é de ontem, o que lhe aconteceu é que foi posto de lado....

E finalizo com uma frase de Sócrates, o filósofo (que também não é credenciado pela ordem dos Engenheiros):

"Só é útil o conhecimento que nos faz melhores."
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Tenho dito.

juanitarebelo said...

Boa noite,
Sem dúvida que a auto apresndizagem está cadavez mais presente, a própria formaçã já indica esse caminho, no entant no ensio regular esse não é um método valorizado.
Mas de facto concordo plenamento que só aprendemos de facto quado somos capazes de integrar ao ponto de utilizar e dar um contributo, acredito que apenas aí podems dizer que aprendemos efectivamente, adquirimos comptências nesta ou nauela área. Eu como pessoa prática que sou, o sber fazer é de facto mportante e é aí que se vê se realmente sabemos, ou aprendemos (com dicas de outros e seguindo o nosso próprio percurso de aprendizagem.
Joana

Paulo César Martins said...

Boas,

Não tenho dúvidas que o fenómeno do self-learning é algo que está a re-despertar e que, talvez quando a minha geração estiver no poder, venha a ser parte fundamental da educação.
No nosso MBA já experimentámos o conceito através da disciplina de Casos de Estratégia em que o fundamento do método PBL é já uma introdução muito séria ao desenvolvimento de capacidades de auto-aprendizagem.

O problema com que nos deparamos é que cada vez mais a necessidade de reconhecimento público é um must e para isso necessitamos de "comer" determinados conceitos pré-formatados para conseguirmos o canudo.

O caminho do lado da educação talvez seja este. Em vez do débito de matéria, tranformá-la em tópicos em que há uma obrigação por parte do aluno de os desenvolver. Este princípio é também o que está subjacente ao Tratado de Bolonha e que é, finalmente, transposto para Portugal.

Quanto a resultados, só os teremos daqui a alguns anos... quando os nossos colegas que estão a estudar agora tenham que procurar o tal reconhecimento público.

Abraços