Monday, July 30, 2007

Inovação – FutMem03



Hoje vamos dar uma volta pelos Institutos Fraunhofer…

Trata-se da mais importante estrutura de investigação aplicada, a nível mundial. Na linguagem Fraunhofer só há inovação se houver modernização do processo produtivo. Este é um dos aspectos em que diferem as práticas das empresas Alemãs (Nórdicas, Bálticas,…) e Norte-Americanas: a maior parte das empresas germanófilas favorecem estrategicamente a inovação tecnológica e a adaptação dos produtos às especificações dos clientes . As empresas norte-americanas colocam a tónica e as prioridades na qualidade dos produtos e na tentativa de conseguir preços mais baixos.

A partir deste nó divergente, as diferenças encontram a sua expressão máxima quer na diferenciação das respectivas engenharias da produção, quer na organização produtiva.

As empresas europeias (digamos assim) concentram a sua orientação para a flexibilidade e inovação dentro de uma aplicação tecnológica abrangente em design e nos campos para os quais existem bons fundamentos de poder exercer uma boa capacidade de abastecimento.

Façamos aqui um parêntesis: Primeiro erro praticado nas escolas de engenharia portuguesas (pelo menos…) – ensina-se tudo – sem partir de uma visão estratégica sobre o futuro ambiente de trabalho do engenheiro. O engenheiro preparado por um craque que passou parte da vida a estudar segundo a visão da Universidade de Austin, nunca será bem sucedido na Auto-Europa (p.ex.). No entanto, o craque, de acordo com os parâmetros de avaliação da F.C.T. é o maior da cidade grande do reino de Portugal.

Recomecemos:

  • 58 (60) Fraunhofer Institutes na Alemanha, em 40 locais diferentes
  • 12 500 empregados
  • 1,2 Milhões € para orçamento anual em média (total)
  • Cerca de 2/3 deste valor é gerado através de contratos com a indústria e projectos de investigação com financiamento público

Para quem tem mais tempo do que o tempo que o tempo tem, fica aqui um vídeo do Fraunhofer… que se chama “A driving force of innovation”.

As inovações são um instrumento central de controlo para nações (regiões) bem como para as empresas, permitindo-lhes avançar para a competição internacional - e se possível, permanecer no alto do ranking. Porquê? porque as inovações criam novas ligações, ‘refrescam’ os empregos e os locais de trabalho, justamente aquilo que nós necessitamos para tocar o crescimento económico para a frente. As nações (regiões), bem como as empresas, estão confrontadas com um compromisso cada vez maior para com a inovação. O mundo da manufactura europeia tem um enorme potencial como parte da economia sustentável da U.E., mas o êxito depende de se conseguir manter uma pressão constante em cima da inovação nos produtos e nos processos. Especialmente no mundo de hoje, um pouco parecido com o fluxo da lava vulcânica, e particularmente na Europa, é necessário reter e reforçar a posição no mercado mundial com o desenvolvimento de produtos (serviços) novos bem como a aquisição de grupos novos de clientes. Na realidade isto significa que as empresas, hoje em dia, têm que enfrentar:

· o crescimento da pressão do concorrente global,

· uma complexidade e uma variedade crescentes de excelência técnica,

· produtos (serviços) personalizados.

Devido à orientação para o cliente cada vez mais assumida, isto envolve também uma tendência que faz deslizar dos produtos de série para a personalização massificada e para os pacotes de serviço-intensivo. Apesar da pressão do tempo e do custo, as empresas são forçadas a explorar extensivamente os potenciais de crescimento da sua cadeia de valor acrescentado. Ao mesmo tempo, são confrontadas com as condições cada vez mais complexas da estrutura em que se movimentam, por exemplo: legislações extensivas e cansativas, consumidoras vorazes de recursos não produtivos. Esta é, sumariamente, a doutrina Fraunhofer!!!

O Instituto Fraunhofer vai ficar instalado junto à Universidade do Porto, anunciou a Comissão de Coordenação da Parceria Fraunhofer-Portugal.

A decisão foi tomada após um período de análise das propostas recebidas para a localização do Instituto Fraunhofer Portugal e de visitas de representantes da Sociedade Fraunhofer (Fraunhofer-Gesellschaft) às instituições proponentes.

O acordo identifica como principais áreas de cooperação as tecnologias de informação e comunicação, a biotecnologia, a nanotecnologia e a logística.

Em 2009, este centro de pesquisa deverá contar com cerca de 30 investigadores seniores, recrutados internacionalmente pela sua competência.

O orçamento anual do centro de pesquisa, entre 2007 e 2009, será de seis milhões de euros, assegurados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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