Monday, July 30, 2007

Comunicação técnica: Arte – Ciência – Prática – tudo isso & mais, mais, mais…


Quando se colocou o grupo de alunos de I&C perante a evidência de ter no calendário a realização de uma comunicação técnica, foi proposto um plano de trabalho muito simples: Análise de um modelo de inovação com um minúsculo requisito «A única exigência prévia é a de que o trabalho seja antecedido de um pequeno plano que explica a sua estratégia de análise.»

Vamos ignorar o facto da mensagem não ter sido compreendida por 100% do grupo.

Concentremo-nos nos restantes 80% dos chamados «candidatos aceites». 10% dos trabalhos cumpriam os requisitos técnicos e distinguiram-se dos concorrentes porque as estratégias de análise eram inconfundíveis com as restantes 70% das comunicações que pouca ou nenhuma estratégia de análise continham e, aquelas cujas primeiras linhas cheirava a estratégia, esqueceram-se quase em seguida das promessas feitas.

Profissionalmente encontro-me ‘engolido’ por um projecto cheio de pessoas culturalmente distintas, provenientes de diferentes regiões ibéricas onde as práticas governativas são substancialmente diversas; cada uma destas pessoas (quase todas, que nisto de trabalhar nunca se verifica unanimidade) tenta mostrar uma imagem de profissional competente e dedicado, por isso me vejo obrigado a fazer um ‘refresh’ puro e duro, sobre os «meus requisitos» para a área de comunicação técnica. Esse ‘refresh’ vai ser distribuído e «mastigado» com alguma suavidade mas sobretudo com muito controlo.

Nota: o controlo implica sempre ‘feedback’.

Primeiro e antes de mais, o que já foi conhecido como departamento da documentação está submetido a uma mudança dramática. Aqueles que se chamavam autores são agora denominados: “comunicadores técnicos”, dando origem a uma profissão inteiramente nova. Aquilo que nós designávamos por Papers originais impressos bem como os manuais dos projectos têm vindo a ser substituídos por publicações disponíveis em formato electrónico que incorporam cada vez mais processos multi-media interactivos. Numa perspectiva do negócio, este novo nicho profissional está a ser rapidamente «apertado», uma vez que os clientes – públicos a quem se destinam as comunicações – vão exigindo uma mensagem mais concisa sobre o modo de “produzir, prestar serviços de manutenção, como manter e usar os produtos que crescem em complexidade” tudo isto em sentido figurado, claro.

Os cientistas (em princípio) são excelentes investigadores; criar conhecimento é o seu forte. Mas apresentar esse conhecimento ao público é algo mais do que aquilo para que foram treinados. É aqui que os cientistas e afins estão a tropeçar na tentativa de criar redes integradas no seio da nossa sociedade hiper sobrecarregada-de-informação; mesmo no que se refere à informação científica, ela própria está demasiado enviesada, quase sempre concentrada em debates de perfil muito elevado. Os cientistas possuem um modo muito próprio de comunicar com o resto da comunidade, inundando as pessoas com factos; mas este ‘dumping’ dos dados, a maior parte das vezes, não funciona. As pessoas mais comuns vão estruturando as suas mentes à medida que vão estudando os factores de maneira subtil e muito menos lógica (racional) do que esperaríamos. Também eles, ou sobretudo eles, vão ter que refrescar ideias, métodos e técnicas de comunicação.

Inovação – FutMem03



Hoje vamos dar uma volta pelos Institutos Fraunhofer…

Trata-se da mais importante estrutura de investigação aplicada, a nível mundial. Na linguagem Fraunhofer só há inovação se houver modernização do processo produtivo. Este é um dos aspectos em que diferem as práticas das empresas Alemãs (Nórdicas, Bálticas,…) e Norte-Americanas: a maior parte das empresas germanófilas favorecem estrategicamente a inovação tecnológica e a adaptação dos produtos às especificações dos clientes . As empresas norte-americanas colocam a tónica e as prioridades na qualidade dos produtos e na tentativa de conseguir preços mais baixos.

A partir deste nó divergente, as diferenças encontram a sua expressão máxima quer na diferenciação das respectivas engenharias da produção, quer na organização produtiva.

As empresas europeias (digamos assim) concentram a sua orientação para a flexibilidade e inovação dentro de uma aplicação tecnológica abrangente em design e nos campos para os quais existem bons fundamentos de poder exercer uma boa capacidade de abastecimento.

Façamos aqui um parêntesis: Primeiro erro praticado nas escolas de engenharia portuguesas (pelo menos…) – ensina-se tudo – sem partir de uma visão estratégica sobre o futuro ambiente de trabalho do engenheiro. O engenheiro preparado por um craque que passou parte da vida a estudar segundo a visão da Universidade de Austin, nunca será bem sucedido na Auto-Europa (p.ex.). No entanto, o craque, de acordo com os parâmetros de avaliação da F.C.T. é o maior da cidade grande do reino de Portugal.

Recomecemos:

  • 58 (60) Fraunhofer Institutes na Alemanha, em 40 locais diferentes
  • 12 500 empregados
  • 1,2 Milhões € para orçamento anual em média (total)
  • Cerca de 2/3 deste valor é gerado através de contratos com a indústria e projectos de investigação com financiamento público

Para quem tem mais tempo do que o tempo que o tempo tem, fica aqui um vídeo do Fraunhofer… que se chama “A driving force of innovation”.

As inovações são um instrumento central de controlo para nações (regiões) bem como para as empresas, permitindo-lhes avançar para a competição internacional - e se possível, permanecer no alto do ranking. Porquê? porque as inovações criam novas ligações, ‘refrescam’ os empregos e os locais de trabalho, justamente aquilo que nós necessitamos para tocar o crescimento económico para a frente. As nações (regiões), bem como as empresas, estão confrontadas com um compromisso cada vez maior para com a inovação. O mundo da manufactura europeia tem um enorme potencial como parte da economia sustentável da U.E., mas o êxito depende de se conseguir manter uma pressão constante em cima da inovação nos produtos e nos processos. Especialmente no mundo de hoje, um pouco parecido com o fluxo da lava vulcânica, e particularmente na Europa, é necessário reter e reforçar a posição no mercado mundial com o desenvolvimento de produtos (serviços) novos bem como a aquisição de grupos novos de clientes. Na realidade isto significa que as empresas, hoje em dia, têm que enfrentar:

· o crescimento da pressão do concorrente global,

· uma complexidade e uma variedade crescentes de excelência técnica,

· produtos (serviços) personalizados.

Devido à orientação para o cliente cada vez mais assumida, isto envolve também uma tendência que faz deslizar dos produtos de série para a personalização massificada e para os pacotes de serviço-intensivo. Apesar da pressão do tempo e do custo, as empresas são forçadas a explorar extensivamente os potenciais de crescimento da sua cadeia de valor acrescentado. Ao mesmo tempo, são confrontadas com as condições cada vez mais complexas da estrutura em que se movimentam, por exemplo: legislações extensivas e cansativas, consumidoras vorazes de recursos não produtivos. Esta é, sumariamente, a doutrina Fraunhofer!!!

O Instituto Fraunhofer vai ficar instalado junto à Universidade do Porto, anunciou a Comissão de Coordenação da Parceria Fraunhofer-Portugal.

A decisão foi tomada após um período de análise das propostas recebidas para a localização do Instituto Fraunhofer Portugal e de visitas de representantes da Sociedade Fraunhofer (Fraunhofer-Gesellschaft) às instituições proponentes.

O acordo identifica como principais áreas de cooperação as tecnologias de informação e comunicação, a biotecnologia, a nanotecnologia e a logística.

Em 2009, este centro de pesquisa deverá contar com cerca de 30 investigadores seniores, recrutados internacionalmente pela sua competência.

O orçamento anual do centro de pesquisa, entre 2007 e 2009, será de seis milhões de euros, assegurados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Sunday, July 29, 2007

I am ready to forward a dream


Badajoz em horas de domingo é uma cidade morta. A esta hora da tarde, lá fora, rondam os 40° a 43° mas a pequeña finca onde repousam os meus ossos tem árvores e água tantas quanto me gusta. A minha amiga Luz, está à sombra, encostada a uma nespereira que deve ter para cima de oitenta anos. Faz pouco tempo, reclamava das moscas, mas eu, entre o maroto e o malvado, nunca tive coragem para lhe dizer: - Moscas? Avispas, queres tu dizer.

O dia começou antes de levantar o sol. Hoje era dia de compromisso e dado o clima que por aqui nos cerca por todos os lados, ir para a pista só podia ser às seis da matina. Tudo se passou como o previsto e às oito da manhã já estava com o corpo debaixo da água fria. É sempre como se voltasse a nascer outra vez. Por muito que o vinagre dos anos teime em nos fazer desistir, acabamos sempre por abrir a boca e deixar entrar toda esta água até ao fundo da alma.

Luz é uma mulher dada à luz no antigo Porto de Barcelona. Não se descreve, não se interpreta, não se julga. Vive-se hoje e amanhã logo se verá.

Luz foi criada nos caminhos e ruelas do poder e da construção da nova España; tem graça, falamos muito pouco acerca disso. Perdemo-nos em coisas simples da vida, ouvimos música a raudales como esta Yolanda que vos deixo e que ouvimos horas seguidas, à mistura com histórias de concertos e de cantores de quem gostamos muito ainda que não sejam sempre os mesmos. Falamos do mar Mediterrâneo que a apaixona, a ela (que não a mim…), já que não vivemos histórias semelhantes na Tunísia, na Jugoslávia, na Grécia… eu, um homem do frio, que gosta de mergulhar no mar gelado da Apúlia, que tomava banho sagrado todos os domingos no mar de Cortegaça, anos e anos a fio.

Havíamos combinado uma inovação gastronómica a meu cargo. Tal como Madrid, que é o maior porto de pesca da Ibéria, por via dos 6 milhões de almas que por ali andam, mas também por estratégia de impostos, taxas, alcavalas, sedes de sociedades e importadores do sector primário, Badajoz tem um pouco desse tipo de benefícios face ao histórico de ser interface do tal outro reino da Península. Em Badajoz come-se uma sopa de marisco com os crustáceos numa travessa à parte.

A minha promessa – tudo o que se promete, cumpre-se – era sobre uma comida bastante ecológica, fazendo aposta em produtos da horta, coisas com sabor e tradição.

Então, dei corda às xanatas e na última semana, deambulei com a ajuda dos Deuses que não me deixaram andar longe de uma região que os portugueses (como é normal) desconhecem: Norte de Portalegre! Podendo assim ir preparando dia-a-dia os elementos da minha receita.

Dispositivos, instrumentos, ferramentas: Um carro de mão metálico, com roda de ferro; uma grelha redonda feita em ferro de construção civil; três sacos de pinhas, caruma, cisco ou moliço.

Sardinhas, uma dúzia de peixes frescos que chegaram ontem da Galiza.

Pimentos, cinco pimentos comuns, daqueles verdes, doces, prismáticos, que me mandou o meu amigo Professor Silvestre, mestre escola reformado, que a norte de Portalegre se orgulha de ter dos melhores frutos da horta limpa, daqueles frutos que sabem àquilo que sempre deveriam saber. Os pimentos foram assados na brasa das pinhas, depois de pelados, foram revoltados com azeite, vinagre, sal, alho e cebola.

Pepinos, três frutos verdes compridos, com aquela casca guarnecida de verrugas espinhosas, que depois de descascados em camadas finas transversais muito delgadas ficaram a macerar em sal e vinagre durante duas horas.

Nabiças cozidas em água e sal; depois de escorridas foram passadas por azeite e alho.

Batatas novas, pequenas, limpas com água para tirar a terra, já que na horta do Professor Silvestre apenas dá força ao vegetal o que resulta da compostagem das folhas e do lixo produzido pelos animais domésticos. Cozidas numa dúzia e meia de minutos e com a casca que os Deuses lhe deram.

E para beber?

Eu sou um devoto de branco seco. Não é difícil, para quem gosta, ficar especialista deste tipo de bebida que não tem nada a ver com tudo quanto a musa tem cantado, até porque existem muito poucos ‘brancos secos’ dignos desse nome. "E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha." (Génesis, capítulo 9, versículo 20)

E para não variar, lá bebemos nós um Branco Seco Especial que o meu amigo Silvestre descobrira na Adega Cooperativa de Portalegre (agora está nos terrenos da Adega da Cabaça).

Palavras para quê? São artistas Ibéricos!

Saturday, July 28, 2007

Inovação – FutMem02




A inovação é primeiro de tudo uma prática – ou melhor – talvez seja uma mistura de diversas práticas. São inúmeros, os locais ditos de inovação, onde é notória a preocupação com tais práticas. Há uma fronteira esbatida, não muito clara entre a inovação e a criatividade, outra entre a inovação e a gestão da tecnologia, ainda uma terceira entre a inovação e o empreendedorismo. Além disso, os locais ou regiões de inovação aparecem (a maior parte das vezes), completamente dentro do contexto da política de investigação ou da política da ciência. Assim, estas fronteiras nebulosas reflectem-se em qualquer enviesamento que sejamos tentados a querer fazer, como a nossa base é Europeia fechamos muitas vezes as ligações, particularmente, à comunidade de I&D norte-americana. Há um grande número de centros de I&D que são muito bons – bem criados e bem estabelecidos –, mesmo famosos, que nós não sentimos necessário divulgar detalhes das suas vastíssimas actividades, ficando a maior parte das vezes, confinados a este ou aquele apontador, porque ali temos um amigo ou porque nos sentimos mais confortáveis com aquelas pessoas, mesmo sabendo que são comunidades menos prestigiadas na cena internacional.
Em resumo, o que queremos dizer, é que o facto de dar visibilidade a este ou aquele site não significa que esse grupo seja indiscutivelmente o melhor neste ou naquele campo, mas sim que determinado grupo de investigação é relevante num dado aspecto particular.

Por razões afectivas, nós estendemos o link de modo automático para Aalborg e toda a equipa, que ano após ano, constrói a
Danish Research Unit for Industrial Dynamics.
É por ali que mexe a Sociedade Schumpeter, que se sentam os que acreditam em sistemas de inovação, e o ditado cumpre-se: “Quem sai aos seus, não é de Genebra”.
Em termos práticos, os meus santuários estão em Toulouse e em Hamburg. Mas aí, a inovação é fechada a 77 chaves e os compromissos que são selados em torno dos projectos são de tal modo apaixonantes que ninguém troca a vaidade de quando em quando andar a cheirar a Airbus, pela vaidade bacoca de divulgar o que por lá se discute e sobretudo, se faz.
Passemos à frente.

Na universidade de Sussex, está localizado o
SPRU! Aqui, os estudos sobre inovação desenvolvem-se no contexto da política de investigação, muito em especial o desenvolvimento das políticas de investigação e coisas afins. SPRU é um centro pioneiro e um líder mundial. A investigação levada a cabo pelo SPRU está organizada em torno de três temas principais que se cortam transversalmente, quer através dos vários sectores, quer dos limites geográficos:
• Inovação Sectorial e Empresarial
• Sistemas de Inovação Tecnológica e Científica
• Governação e Sustentabilidade

Friday, July 27, 2007

Há coisas que têm piada, na hora de repetir

'Copiado' do blog SORUMBÁTICO, com todas as letras
http://sorumbatico.blogspot.com/

26.7.07
A QUADRATURA DO CIRCO
Net-Fábula adaptada
Por Pedro Barroso
QUALQUER INTERNAUTA MAIS AVISADO já recebeu forward matriz deste clássico, que me permitirei aqui hoje adaptar.
Lê-se numa crónica, que no ano de 2004, se celebrou na Austrália uma competição de Remo entre duas equipas, compostas por trabalhadores em representação das empresas públicas portuguesas e sua congénere das empresas japonesas.
Dada a partida, os remadores japoneses começaram a destacar-se desde o primeiro instante. Chegaram à meta primeiro e a equipa portuguesa chegou com uma hora de atraso.
De regresso a casa, a representação nacional reuniu-se para analisar as causas de tão desastrosa actuação e chegaram à seguinte conclusão:
Detectou-se que na equipa japonesa havia um chefe de equipa, que também acumulava com as funções de timoneiro e dez remadores, enquanto na equipa portuguesa – que se deslocara tarde e chegara apenas na véspera, por isso revelando algum jet leg… – havia apenas um remador e dez chefes de serviço, nenhum deles timoneiro, facto que teria obviamente de ser alterado no ano seguinte.
No entanto, no ano de 2005 e após ser dada a partida, a equipa japonesa começou de novo a ganhar vantagem desde a primeira remadela. Desta vez, a equipa portuguesa chegou com duas horas de atraso. A Direcção responsável pela nossa selecção voltou a reunir, após forte reprimenda da Administração e do Ministro do Desporto e viram que – enquanto na equipa japonesa havia um chefe de equipa/timoneiro e dez remadores, como sempre – a equipa portuguesa, após as medidas adoptadas com o fracasso do ano anterior, era composta por um chefe de serviço, dois assessores da administração, cinco chefes de secção, um timoneiro e um psicólogo para motivar o único remador.
Após minuciosa análise, chega-se à seguinte conclusão:
O remador era provavelmente INCOMPETENTE. Havia que mudar este estado de coisas. Fez-se um grupo de estudos para estudar o assunto, que estava a tornar-se motivo de embaraço nacional. Actuar.
Foi portanto decidido apresentá-lo a uma Junta Médica. Esta, como é norma, deu-o como apto para todo o serviço.
No entanto, no ano de 2006, a equipa japonesa voltou a adiantar-se, mal foi dada a partida.
A embarcação portuguesa – que este ano tinha sido encomendada ao Departamento de Novas Tecnologias, que, por sua vez, acabara aconselhando aquisição em segunda mão à Armada russa, por concluir que isso representaria uma melhor relação qualidade-preço-investimento – chegou com quatro horas de atraso.
Após a regata e para análise dos resultados, convocou-se uma reunião de administradores ao mais alto nível – mais concretamente no último piso do edifício – observando-se nela que:
1- A equipa japonesa, uma vez mais, não inovara, tendo optado novamente por dez remadores e um timoneiro/chefe de equipa.
2- A equipa portuguesa – após uma auditoria externa, uma assessoria especial do Secretariado para o Desenvolvimento e um relatório técnico solicitado em triplicado ao Instituto de Altas Tecnologias - optara por uma formação mais moderna, composta desta vez, por um chefe de serviço, dois chefes de secção, um psicólogo, um treinador, um auditor da Arthur Andersen, um membro do Comité Olímpico, um representante do Ministério do Desporto, um timoneiro mais leve e um Securitas que controlava as actividades e saídas do remador durante o estágio.
Acabou, assim, por ter de se admitir com transparência que:
1- Apesar destes esforços a comitiva técnica não optimizara suficientemente a qualidade nem o rendimento da representação.
2- Alguns itens vendidos em segunda mão pela marinha ex-soviética, como helicópteros, submarinos e barcos de remos, nem sempre estão isentos de problemas, cujos, muitas vezes, apenas se confirmam após a compra efectuada.
3 - O processo disciplinar que fora aberto ao remador e aconselhara a retirada de todos os seus bónus e incentivos profissionais, devido ao fracasso dos anos anteriores, não obtivera os resultados desejados.
4- Antes da competição, o remador fora mesmo ameaçado de passar a integrar o grupo de supranumerários previsto na lei, para que a incerteza no futuro o levasse a superar-se. Incompreensivelmente, tal ameaça também não resultara.
Decisões imediatas se impunham e foram tomadas por unanimidade:

a) Suspender imediatamente o treinador, por discordâncias sem sentido com a Direcção federativa.
b) Suspender o Securitas por suspeitas de mau desempenho na vigilância do atleta
c) Suspender relações com a congénere japonesa por suspeitas de doping da sua equipa
d) Suspender o auditor externo por difamação insultuosa da Administração Central
e) Declarar oficialmente o Remo uma modalidade de ética duvidosa por ser o único desporto onde o atleta despende uma energia enorme para andar para trás.

Após prolongadas reuniões, e em função destas aprofundadas análises, decidiu-se, com letra de Lei, para a futura regata de 2007 que:
Artigo I - "um novo remador será contratado em outsourcing exclusivamente para o efeito”, pois o comportamento do actual, já com 60 anos, apesar da sua experiência e profundos conhecimentos da modalidade, indicia mostras de desinteresse a partir do segundo quilómetro e uma indiferença quase total junto à linha da meta."
Artigo II - O velho remador, para castigo, além de deixar de representar o país em competições, continuará até à idade legal de reforma e treinar em tanque de treino indoor, interrompendo-se apenas para tomar oxigénio, devido a alguns problemas cardio-respiratórios, aliás absolutamente normais na sua idade.

Memorandum - O remador excluído foi, entretanto, alvo de um processo disciplinar, por ter proferido, no momento da chegada, insultos graves ainda por apurar, na pessoa do chefe da representação nacional e por se ter queixado ao Auditor de falta de colaboração desportiva eficaz dos restantes elementos da delegação.
O processo seguiu para a DREN (Direcção do Remo Empresarial Nacional).
A bem da produtividade da Nação. Publique-se e providencie-se.

a) Assinatura ilegível

Comentário do Tradutor - (ou seria elegível? Não sei. Não se percebe bem. Ficamos aguardando)

Inovação – FutMem01



O facto de passar o período convencionalmente denominado «férias de verão» a trabalhar – isso ocorre sem falhas desde Setembro de 1991 – faz com que física e mentalmente, necessite de estar ocupado e concentrado em mais do que uma actividade.
Seja sério ou a brincar, trabalhando em cima daquela ideia que o
Saramago agitou na entrevista ao Diário de Notícias, circulando entre Badajoz e a cidade grande de Portugal, entre esta e Salamanca, entre esta e o Porto, entre este e Vigo, dando a volta, regressando ao ponto de partida, pegando no Project Management e ajustando o planeamento a todas estas voltas e revoltas que a latinidade ibérica faz acentuar, nisto & aqui, vou dando o corpo ao manifesto entre as 6:45 e as 11:30, mais ou menos por aí.
Os litros de café obrigam a que mude a agulha da linha, algures entre a hora da comida e a hora da sesta. Sete livros, estão sobrepostos à direita da mesa de trabalho saltando um de quando em vez para o lado esquerdo, reforçando um ponto de vista, ou mais geralmente, levantando uma inquietação que, não raras vezes, demora dias até ficar quieta ou no mínimo, fingir, fazer de conta que já sabemos tudo.
Regressei um destes dias a uma dessas inquietações, provocada por um amigo que havia sido surpreendido (que não eu…) pela minha ausência de entusiasmo face a um senhor conhecido de muito boa gente, com bom-nome na praça e que dá pela etiqueta ‘Edward de Bono’. O meu ilustre colega ficou obviamente desapontado, quando brejeiramente lhe disse que o que nos une e nos divide (a mim e a de Bono) é Descartes.
O meu amigo disse mais:
- Acho que perdes muito tempo à volta do Schumpeter. A maior parte da malta de agora não acha piada nenhuma ao Schumpeter. Aquelas coisas que ele escreveu acerca da destruição criativa e coisa e tal… isso já não é nada.
Olhei para o meu copo de vinho tinto e maquinalmente para a garrafa. O vinho também não era bom. A banda não tinha som e a minha companheira do lado tinha o marido por perto. Vieram-me à memória os caminhos percorridos à procura da inovação, a emoção de uma ou outra descoberta, o diz-que-diz que Diogo não disse, mais o mau gosto do vinho acicatado pelo mau gosto da conversa, marcaram-me milhões de neurónios e dessa factura não me livrarei tão cedo.
Decidida que está a alternativa à construção da Ibéria, aqui fica ‘
another brick in the wall’, fazendo como um dos homens mais citados em ciência & humanidades: Monsieur de la Palisse, ou seja, começando pelo princípio. Com que então? Schumpeter & coisa & tal? Assim seja!

Todas as escolas de Economia reconhecem a importância central das inovações técnicas e da inovação organizacional para o desempenho competitivo que as empresas e as nações (regiões) apresentam no quadro da economia mundial.
Façamos aqui um dos muitos parêntesis com que a nossa conversa se rompe:
■ ‘de Bono’ é criador de uma técnica; é um artista que se dedica a questões de criatividade e coisa e tal…

A inovação chega até nós pela mão da Economia. Schumpeter foi um criador da ciência económica que, sozinho, colocou a inovação no centro do seu sistema teórico.
■ ‘Theory of Economic Development’ (1912); tradução para inglês em 1934, Harvard Press
Schumpeter desaparece em 1950; o primeiro ‘paper’ digno de registo que agarra na temática da ‘difusão das inovações’ data de 1962 (E.M.Rogers). Rogers regressa ao local do crime em 1986, ‘Diffusion of Innovation’, dando conta de uma enorme explosão na investigação deste tema. Fiquemos por aqui…, ou seja, a sério, a sério, a sério, esta coisa de que estamos a falar é jovem, não tem mais do que vinte anos.
........... Pois é, tinha-me esquecido de um post-it muito pessoal:
Cheguei a este caminho em 1987, embrenhadíssimo num doutoramento em Economia do Desenvolvimento, não consegui contornar Schumpeter. O (meu) primeiro trabalho de escrita sobre estas tretas, chamou-se "Sistema Nacional de Inovação", foi publicado na Faculdade de Economia do Porto e hoje, faço o possível por não o mostrar a ninguém. Que querem? é a vida!

Wednesday, July 25, 2007

innovation philosophiae


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