Sunday, September 9, 2007

Paper prototyping ou o outro uso do Post-it



A nossa amiga comum, Joana Rebelo, teve a simpatia de recordar, um dia destes, uma cena incompleta em que alguns de nós tentaram aplicar o uso de Post-it (em especial os da Olinda) na descrição de um processo.

Há duas áreas profissionais onde é comum (para mim) a aplicação da chamada prototipagem de papel e que passa pelo desenvolvimento de modelos de um sistema (mockups) - nem sempre fáceis de usar - onde os Post-it representam janelas, caixas de diálogo, teclas, botões e menus. A equipa do projecto realiza testes destes protótipos com os utilizadores no seu local de trabalho simulando ou reproduzindo eventos do trabalho real no sistema proposto. Quando o utilizador descobre problemas, podemos dar início a uma discussão de grupo em que todos os interessados mais os designers/projectistas geram uma hipótese de novo protótipo que cumpra requisitos e necessidades. Os protótipos de papel suportam a iteração contínua do novo sistema, mantendo sempre a verdadeira ligação às necessidades do utilizador. Refinar o projecto com a participação dos utilizadores finais dá aos designers/projectistas uma prática colaborativa com o cliente que resolve desacordos de modo eficaz e possibilita com agilidade passar à fase seguinte do projecto.

«Foi só para recordar»

Investigação Aplicada «Métodos» (II)


Clicar no desenho para ampliar

Levar a cabo um projecto de investigação aplicada pode ser visto como a composição de dois subprojectos, um afecto às actividades de «pensar» como é o caso do planeamento e outro dedicado a tarefas de «fazer» que trata da sua execução.

Na representação gráfica que esboçamos acima, enunciamos na fase de planeamento a preocupação do investigador ou «dono do projecto» com a definição do âmbito da investigação e desenvolvimento do respectivo plano. Ao longo da fase seguinte, a da execução, o investigador trata da implementação e monitorização do plano: design, recolha de dados e respectiva análise, mais os procedimentos de gestão, seguido dos relatórios e revisão das actividades em curso.

As representações gráficas, pela sua própria natureza, nem sempre deixam relevo bastante para a natureza iterativa do processo de design. Imaginemos um problema típico de envolvimento de uma empresa com os seus clientes/consumidores como o que aconteceu, recentemente, com aquela multinacional de brinquedos que teve de retirar milhões de peças dos hipermercados. O ciclópico desenvolvimento da compreensão sobre relevantes questões societais, ambientais e de saúde pública vai levar o(s) investigador(es) a refinar e rever vezes sem conta a imensa lista de questões em jogo, até haver suficiente segurança de que os tópicos seleccionados para estudo são pertinentes e investigáveis.

Após ter sido escolhido o naipe de questões potencialmente a investigar, a equipa irá movimentar-se para a etapa II: desenvolvimento do design da investigação e respectivo plano. Esta etapa envolve decisões múltiplas, cada uma com a avaliação em causa, incluindo selecção do design e estratégias propostas para efectuar a recolha de dados.

Praticamente em simultâneo ou quase, o investigador tem de determinar os recursos necessários para a condução dos estudos. Esta é uma área muito deficiente – precisamente à qual me dedico – uma vez que a educação académica orientada para as ciências sociais não tem acompanhado outros campos científicos, daí resultando uma má tradição na entrega do produto/serviço ‘on time’.

O design e planeamento da investigação também incluem a avaliação sobre a viabilidade em levar a cabo o estudo, sobretudo enquadrando-o na base de tempo prevista e apelando aos recursos disponíveis ou possíveis, pelo que é muito útil uma análise dos trade-offs relativos ao design e decisões do planeamento. Embora em termos académicos não exista essa tradição – excepção feita para as dissertações e teses, onde o «cliente» é o orientador – o investigador deveria ter sempre em mente a existência de um «cliente» do projecto de investigação, que lhe permitisse fazer uma discussão séria à volta do plano completo, mais a análise dos trade-offs, pois a implementação de um projecto responde a certas regras éticas muito simples, que se esquecem com demasiada frequência, sendo uma delas, a da participação: “Há mais inteligência em dez cabeças que numa só”.

Como podemos ver na figura, as actividades de planeamento na etapa II ocorrem muitas vezes ao mesmo tempo, até que o plano final seja concluído.

Em qualquer ponto da etapa II, o investigador pode revisitar e rever decisões, mesmo que seja necessário um regresso à etapa I para renegociar questões pertencentes ao estudo ou, o que é mais frequente, reajustar a base de tempo. É mais usual do que possa parecer, em determinada altura do projecto, o investigador constatar que o design originalmente concebido não conduz a desenvolvimentos capazes de responder à questão inicial. Não vale a pena passar à etapa III, a da execução, se no final da etapa II não existe um plano detalhado, compreensivo, pronto para uma execução à escala completa.

Saturday, September 8, 2007

Projecto de site de cooperação

Um amigo aqui do nosso painel enviou-me um e-mail de um projecto que é uma tentativa de portal cooperativo de de partilha de conhecimento que penso valer a pena dar a conhecer.


"Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro."
Dr. Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam
Presidente da Índia - 09/set/2003

O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral.

Este portal constitui-se em um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal.

Desta forma, também pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, assim como, possa aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia no Brasil.

Adicionalmente, o "Portal Domínio Público", ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e seus usuários, ao mesmo tempo em que também pretende induzir uma ampla discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais - de modo que a "preservação de certos direitos incentive outros usos" -, e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.

FERNANDO HADDAD
Ministro de Estado da Educação



Dar uma espreitadela não custa nada, até pode ser interessante: http://www.dominiopublico.gov.br

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Tenho dito

Friday, September 7, 2007

Um dos factores motivadores da Inovação

A necessidade aguça o engenho....

Recebi este e-mail e sinceramente não sei se todo o conteúdo é fidedigno, mas fica a intenção:

"Com o fim de ajudar milhares de professores que se encontram deslocados longe de casa, um professor de Aveiro está a finalizar a criação de uma página de permutas de locais de trabalho de professores.
Com tantos professores deslocados de suas casas, o mais provável é que se consiga arranjar permutas entre os que querem, no mínimo, ficar mais próximo de casa.
Divulguem o site www.permutas.pt.vu e os professores que estão longe de casa que se inscrevam! Não se esqueçam de consultar o despacho que regulamenta as ditas permutas entre professores - Portaria 622-A/92 de 30 de Junho"

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Tenho dito

Wednesday, September 5, 2007

Investigação Aplicada «Métodos» (I)


Interrogamo-nos muitas vezes se deve ou não haver uma metodologia única, a verdadeira, a autêntica, para a prática da investigação aplicada.
A tentação, até porque fomos criados no mundo da física, é que devemos procurar obter a síntese dos diferentes métodos, para já e a traço grosso, convencendo académicos e profissionais de que deveriam impor aos seus investigadores ‘o pôr em prática os mesmos métodos’.
Depois, vêm à memória, exemplos passados, cheios de constrangimentos e plenos de oportunidades, dependentes de ambientes políticos e de urgências administrativas, e financeiras, e de poder, e de…

Recuperemos um ponto de partida e façamos uma pequena incursão à literatura de referência no caso das actividades I&D que é o Manual Frascati (OCDE, 2002), muito embora para a Inovação seja seguido o Manual de Oslo (OCDE, 2005).
A actividade de investigação e desenvolvimento compreende o trabalho criativo, empreendido de modo sistemático, com a finalidade de aumentar o ‘stock’ do conhecimento, incluindo conhecimento do homem, da sua cultura e da sociedade, e o uso deste conhecimento para planear novas aplicações. É assim que está enunciado no Frascati Manual.
Este manual de referência, da OCDE e do nosso MCTES, define três camadas de actividade para o I&D, cada uma com horizontes diferidos no tempo no que se refere à sua exploração potencial:

■ investigação básica: “é trabalho experimental ou teórico empreendido primeiramente para adquirir o conhecimento novo sobre os fundamentos subjacentes dos fenómenos e factos observáveis, sem nenhum aplicação ou uso particular na vista”

■ investigação aplicada: “é também investigação original empreendida com a finalidade de conseguir novo conhecimento. No entanto, esta dirige-se à partida no sentido de alcançar um objectivo determinado ou um alvo prático específico”

■ desenvolvimento experimental: “é o trabalho sistemático, ‘extracção de’ em conhecimento existente, ganhos provenientes da investigação e/ou da experiência prática, o qual é dirigido para produzir novos materiais, produtos ou dispositivos, instalação de novos processos, sistemas e serviços, ou para melhorar substancialmente aqueles já produzidos ou instalados”

Mas, a natureza da investigação aplicada é quase sempre iterativa. Tal como a própria questão – cerne da investigação – foco de todo o nosso esforço, raramente é estática.
Preferencialmente, para manter a credibilidade, conformidade e qualidade do projecto de investigação, o investigador deve fazer uma série de iterações dentro do projecto de investigação. A iteração é necessária não por causa de inadequações metodológicas, mas sim pelas sucessivas redefinições do problema aplicado, tal como o projecto havia sido planeado e implementado. É certo e sabido que, quanto mais conhecimento se ganha, maiores são os obstáculos inesperados que se erguem e mais desliza o contexto debaixo dos nossos pés.

Tuesday, September 4, 2007

Será que a minha vida tem sido diferente?

Real Life Simpsons Intro

On this day in 1956, the IBM RAMAC 305, the first commercial computer to use magnetic disk storage, was introduced.

"We confess our little faults to persuade people that we have no large ones."
- Francois de La Rochefoucauld -

ISTO É UM MOMENTO FNAT = 'Federação Nacional da Alegria no Trabalho'

Passamos a vida à espera... não sei bem de quê


Vá lá… coloque este endereço no browser da Internet:

https://empreendedorismo.pbwiki.com/

Dê uma vista de olhos ou faça LOGIN

Se ainda não pediu a PASSWORD pode passear à mesma:

Este tema não lhe agrada?

Quer uma WIKI sobre o desenvolvimento de um serviço?

Qual é o problema? Diga em meia folha A4 como quer estruturar a concepção e desenvolvimento de uma ideia, produto, serviço, blablablablabla…